sábado, 27 de agosto de 2011

GRANDE HOMEM - O SER REAL

O DINHEIRO FAZ HOMENS RICOS, O CONHECIMENTO, HOMENS SÁBIOS ...E A HUMILDADE FAZ GRANDES HOMENS !!!"

Existem pessoas que não tem absolutamente nada, mais porque ocupam um determinado cargo em alguma grande,media ou pequena empresa, acha-se no direito de ser superior aos demais, na verdade são pequenos e só conseguem sentir–se grande humilhando, pisando, tripudiando o seu semelhante, isso esta sendo plantado em muitas empresas e o que colhem são pessoas amargas, doentes e determinadas a vencer a qualquer preço, na verdade se tornam pessoas infelizes e incapazes de realizações simples.

Observem as fotos acima, o homem mais poderoso do mundo aproveitando momentos que muitos repudiariam, zombariam ou simplesmente achariam de péssimo gosto agir dessa forma um homem como ele.

Ele é um ser humano como qualquer outro, tem anseios, nescessidades, amor , tristezas, desilusões, aborrecimentos e tudo o que qualquer mortal possa sentir, mais ele sabe usufruir de momentos raros que jamais voltarão .

“Não é riqueza ou o dinheiro que nos faz feliz e sim a interpretação da vida”




"justiçasemfronteiras"

quarta-feira, 11 de maio de 2011

NÃO DÊ O 1º GOLE-EVITE PROBLEMAS

Álcool X Comportamento


Apesar do desconhecimento por parte da maioria das pessoas, o álcool também é considerado uma droga psicotrópica, pois ele atua no sistema nervoso central, provocando uma mudança no comportamento de quem consome, além de ter potencial para desenvolver dependência. O álcool é uma das poucas drogas psicotrópicas que tem seu consumo admitido e até incentivado pela sociedade. Por esses motivos ele é encarado de forma diferenciada, quando comparado com as demais drogas, sendo uma condição frequente, atingindo cerca de 5 a 10% da população adulta brasileira.

O alcoolismo não difere psicologicamente da dependência de outras drogas. Assim, tanto as fases como o desenvolvimento emocional do dependente e a recuperação são idênticas, não importando qual a droga de escolha, seja ela o álcool, cocaína, crack, maconha ou qualquer outra droga alteradora de humor.

Com toda essa carga negativa sobre a dependência química, como um dependente químico (dependente de álcool e outras drogas), em sã consciência poderia admitir que é um dependente? Assim, conforme a dependência química vai evoluindo), tanto o dependente quanto os familiares vão desenvolvendo uma "MURALHA PSICOLÓGICA" que impede que o indivíduo entre em contato com a realidade da dependência. Por isso, devemos lembrar que é uma DOENÇA, não uma falta de caráter. O alcoólatra e o dependente de outras drogas, realmente se tornam o mito, se tornam tudo aquilo que sempre tiveram medo de ser, através do que a psicologia chama de "profecia auto-realizadora". Isso ocorre por não conseguirem entrar em contato com determinados sentimentos. Esses sentimentos são totalmente normais em nós, seres humanos e devem ser desenvolvidos para que não assumam o controle da situação.

Fatores que levam ao primeiro uso do álcool:

Espírito de grupo: (Principalmente na adolescência, onde não queremos ser tratados como "diferentes" ou como "babacas").

Curiosidade: (Fala-se tanto no assunto, como será que é?). Cultura (em algumas sociedades começa-se a beber ainda criança).

Incentivo dos pais: (Que bebem e dão aos filhos para que provem).

Orientação médica: (Biotônico Fontoura é um bom exemplo).

Outros fatores sociais: (Anúncio de TV, entre outros).

Fatores que levam à continuidade do consumo alcóolico:
Predisposição Orgânica: caracterizada principalmente pela tolerância.
Benefícios: fatores sociais que reforçam o uso.


As quatro fases do alcoolismo:
Fase 1 : (Fase social, sem dependência física, apenas dependência Emocional). Inicia-se na primeira vez que se bebe (lembrando-se que dois fatores são fundamentais: Predisposição Orgânica e Benefícios, do contrário a doença não se desenvolve). O primeiro sintoma é a dependência Emocional. O desenvolvimento emocional pára e a pessoa torna-se pouco tolerante. Como geralmente isso acontece na infância ou na adolescência, a mudança emocional geralmente não é percebida, pois confunde-se com malcriação, infantilidade ou temperamento forte. A partir daí, a doença desenvolve-se mais ou menos devagar, dependendo da predisposição orgânica. Bebe-se pouco e socialmente, não há perdas em virtude do uso. Não há problemas físicos.
Fase 2: (Fase social, sem dependência física, apenas dependência emocional). O organismo modifica-se: tem-se a tolerância aumentada (bebe-se mais que na fase 1) . Não há problemas em conseqüência da ingestão de álcool. Não há problemas físicos. Não há dependência física, apenas emocional.
Fase 3: (Fase problemática, com dependência física e emocional). Bebe-se muito (altíssima tolerância).O beber torna-se um problema. Muitos problemas emocionais, ressacas constantes, problemas em decorrência da bebida, problemas familiares, problemas de relacionamento. Há o inicio da síndrome de abstinência, começam as "PARADAS ESTRATÉGICAS", pode-se haver internações. Há boas expectativas de recuperação física. Há muitas perdas. Perda de controle.
Fase 4: (Fase problemática, com dependência física e emocional). Bebe-se muito pouco, menos que na fase 1. Inicia-se a atrofia do cérebro. Pode-se ter delírios. Pode-se ter as mãos trêmulas por períodos excessivamente longos. Problemas físicos e emocionais extremos. Pode-se ter Esquizofrenia. Muitas vezes confunde-se com PMD (psicose maníaco-depressiva). Há poucas expectativas de recuperação física. Perdas extremas.

Mecanismos de defesa:

As 4 fases do alcoolismo apresentam determinados sintomas semelhantes, que são os MECANISMOS DE DEFESA, decorrentes do preconceito em relação ao alcoólatra. Na realidade os mecanismos de defesa são mentiras que o alcoólatra ou dependente químico usa para tentar encobrir o aspecto doentio da própria vida, tais como:

Negação: (O mais comum). "Não sou alcoólatra, sou compulsivo. Nunca fiquei bêbado. Não tenho problemas em decorrência da bebida. Bebo muito pouco".

Justificativa: "Bebo porque gosto, paro na hora que quiser. Bebo para relaxar. Bebo para comemorar. Bebo para esquecer. Bebo para ouvir música. Bebo devido a problemas emocionais. Bebo para me divertir"

Projeção: Todos os sentimentos e a própria vida são vistos apenas no outro. "O outro é quem bebe muito. O vizinho que é alcoólatra, coitado".

Autopiedade: O mundo não me entende. Nada dá certo pra mim. (Faz com que as pessoas sintam pena)

Minimização: "Só bebo vinho. Só bebo final de semana. Só bebo à noite; todo mundo bebe. Não bebo pinga". (Tenta minimizar os prejuízos)
Intelectualização: Encontram-se justificativas científicas: "Beber faz bem ao coração".

Racionalização: (raciocina-se errado) "Se eu beber só vinho vai estar tudo bem. Se eu parar por um tempo vai ficar tudo bem".

Fuga Geográfica: Muda-se de cidade, de emprego.

Mecanismos de defesa fazem parte da personalidade de todos os seres humanos, porém são mais pronunciados no alcoólatra.

O Alcoólatra pode encontrar mais justificativas para beber, numa semana, do que o não alcoólatra encontraria para fazer todas as outras coisas, durante a vida inteira.


O alcoolismo é uma doença de família:

A família também apresenta mecanismos de defesa. Há poucas expectativas em relação à recuperação, pois todos da família devem se tratar, não só o alcoólatra. Um alcoólatra dificilmente pára de beber. De cada 100 alcoólatras, apenas 1 consegue entrar num programa de recuperação. Os outros 99 morrerão sem querer parar de beber. Um dos fatores que levam o alcoólatra a continuar bebendo é a interferência de familiares que procuram apagar "o ontem à noite", procurando minimizar as perdas que a bebida traz. A falta de informação da população, a falta de profissionais preparados para esse tipo de atendimento, a falta de cursos sobre a dependência química em faculdades de medicina levam à ignorância em relação ao que poderia ser uma ajuda real.
A recuperação é difícil e depende da disposição do indivíduo em aceitar a ajuda necessária (ele só vai entrar num programa de recuperação se assim o quiser). Há vários programas de recuperação: religioso, de mútua ajuda, ajuda psicológica, programas místicos, etc. O importante é que o indivíduo se sinta bem com aquele que escolher. O maior inimigo da recuperação são as recaídas, que podem inclusive levar à morte.
A recuperação é um trabalho para anos e consiste em transformar uma vida até então marcada por brigas, egocentrismo, perdas, pensamentos obsessivos, etc, em uma vida produtiva. O processo de recuperação consiste, dentre muitas outras coisas, na identificação desses mecanismos de defesa, e no reconhecimento da verdadeira intenção por detrás destes. Por exemplo: muda-se de cidade para ver se as coisas melhoram. Assim há a falsa idéia de que mudando de cidade os problemas ficarão em outro lugar bem distante. Só que ele não admite a própria maneira doentia de usar drogas, e que os problemas são conseqüência do uso.

O dependente tem uma dificuldade incomum de identificar os próprios sentimentos, os quais são "projetados" no mundo exterior. Isso é dito para que se tenha uma melhor compreensão de como é impossível para um dependente químico lidar com todas essas mentiras que a sociedade nos ensina sobre a dependência, porque ele só consegue ver a própria realidade e os próprios sentimentos em outras pessoas. Ele realmente acredita que usa drogas ou bebe compulsivamente devido a algum motivo, um fator externo.

Por não conseguir desenvolver determinados sentimentos que não são "ruins" como ele pensa, esses sentimentos acabam transformando-se numa personalidade separada, desconhecida, chamada de "sombra" que só vem à tona em determinados momentos. Muitos a chamam de "demônio", mas na realidade é uma personalidade infantil, egocêntrica como toda criança. Essa personalidade desconhecida e temida pelo dependente e pelos familiares é justamente o MITO que tornou-se realidade através de uma profecia "auto-realizadora."


JOÃO RAMOS DE CAMPOS
"justiçasemfronteiras"

terça-feira, 28 de setembro de 2010

HISTORIA DE ISRAEL - FAMILIA ABRAÃO

Muitas pessoas têm acompanhado os sangrentos combates entre Judeus e Palestinos e se perguntado razão de tanto ódio entre estes dois povos. A ofensiva já fez centenas de vítimas, a maioria deles, civis e inocentes como crianças, idosos e mulheres. O que está por trás deste conflito, onde estão suas origens?
A história nos relata que o patriarca Abraão e sua esposa Sara não podiam ter filhos, no entanto Deus havia lhes prometido um filho e uma descendência. Abraão teve com Hagar um filho chamado Ismael, e com Sara um filho chamado Isaque. Os dois tornaram-se rivais e mais tarde, quando seus descendentes tornaram-se grandes nações, esta luta continuou entre Israel que ocupou a região que hoje chamamos de Palestina e os Ismaelitas, que hoje chamamos de Árabes que ocupavam os desertos.
Uma vez que Deus havia assegurado a posse da terra de Canaã (moderna Palestina) aos descendentes prometidos a Abraão, os que tiverem a posse da terra, podem reclamar ser a descendência de Abraão e teoricamente o povo escolhido por Deus. Mas isto, apenas teoricamente!
Quando Israel voltou de seu período de escravidão do Egito, invadiu a região no período de Josué e controlou na época do reinado de Davi. Depois de Salomão, o reino foi dividido em norte (Israel) e sul (Judá), restando posteriormente apenas Judá que conseguiu sobreviver ao domínio Babilônico e voltou a reconstruir Jerusalém a cidade de Davi, onde existia o Templo e único local sagrado para o Judaísmo.
Durante o 1º século d.C., a Judéia foi submetida ao domínio Romano que depois de várias revoltas dos Judeus, finalmente destruiu Jerusalém no ano 70 d.C. expulsando os Judeus e dispersando-os por todo Império Romano, na ‘diáspora’. O nome da Judéia foi mudado pelos Romanos para Palestina ( terra dos Filisteus), na tentativa de acabar com a cultura judaica.
Com Jerusalém devastada, o templo aniquilado e os judeus exilados, a terra foi progressivamente repovoada pelos árabes que viriam naquela região a tornar-se o que chamamos de Palestinos, já no século XIX a cultura árabe estava completamente enraizada.
Embora a cultura Judaica tenha resistido de forma notável a incontáveis perseguições, Judeus permaneceram em várias regiões do mundo vivendo em pequenos grupos e comunidades, prosperando e sobrevivendo de forma prodigiosa, enquanto os Árabes tornavam-se cada vez mais numerosos e ocupavam cada vez mais territórios no oriente.
Seria no entanto, no 4º século d.C que um Árabe chamado Mohamed (popularmente chamado de Maomé) mudaria a história. Mohamed depois de contanto com aspectos do Judaísmo e do Cristianismo, reivindicou ser o profeta de Alá o Deus único, de seus ensinos produziu-se o Alcorão e com este a religião chamada de Islamismo.Mohamed unificou as tribos Árabes e todo que não aceitava o Islã, foi combatido como um infiel.
Uma vez que eventos importantes da história de Mohamed haviam ocorrido em Jerusalém, uma vez também que Jerusalém era a capital da antiga Judéia e cidade onde outrora existia o Templo dos Judeus e ainda, por ser uma cidade igualmente importante para Cristãos, Jerusalém passou a ser o símbolo da posse da terra prometida, ou seja, quem a possui, é a descendência de Abraão e os escolhidos de Deus, em outras palavras, supostamente a religião verdadeira. Mas isto, apenas supostamente ou teoricamente!
Séculos de guerras chamadas de ‘cruzadas’ ocorreram entre Cristãos e Mulçumanos pela posse de Jerusalém e das chamadas terras Bíblicas. Depois do declínio do império Turco e Mulçumano, a região foi dominada pela Inglaterra mas com ocupação predominantemente Árabe. Os Judeus dispersos, viviam uma crescente prosperidade com fim das perseguições dos Reis Católicos e o declínio da força Papal.
No fim do século XIX, os judeus de todo mundo haviam desenvolvido o conceito de movimento Sionista, concebido para organizar um estado Judeu soberano em Jerusalém, único local onde poderia haver o Templo que fora destruído pelos Romanos, mas agora ocupado por uma Mesquita dos Mulçumanos.
Os Judeus sionistas começaram uma paulatina migração para a Palestina, comprando terrenos Árabes e progressivamente colonizando um estado Árabe governado por estrangeiros Ingleses. As tensões aumentaram quando uma carta do secretário da Inglaterra para assuntos estratégicos, Arthur J. Balfour, ao Lord Rothschild judeu proeminente da mais poderosa família de bancários Europeus, na qual declarava as intenções da rainha em subverter o império Otomano e criar um estado Judeu. A carta foi apoiada pelos aliados da Inglaterra na 1ª guerra mundial, França e EUA que em 1918 aprovou a carta e iniciou sua parceria com o Sionismo.
Durante a 1ª Guerra Mundial, a Turquia apoiou a Alemanha que era inimiga da Inglaterra e com o fim do conflito permaneceu o descontentamento Alemão contra os vencedores do conflito, que eram por sua vez apoiados pelos Judeus Sionistas. Ao romper a 2ª Guerra Mundial, a vingança Alemã contra seus aliados concentrou-se contra aqueles que na visão do Nazismo detinham o poder econômico de seus inimigos, os Judeus. O anti-semitismo foi alimentado pelas heranças da Inquisição Católica, uma vez que o Vaticano era aliado de Mussolini e simpatizante de Hitler, bem como pela idéia de superioridade Ariana e o misticismo envolvido por trás disso. O resultado foi o Holocausto de milhões de Judeus!
Com o fim da 2ª Guerra Mundial, a causa Sionista ganhou grande simpatia mundial uma vez que eles eram vítimas do Nazismo. A poderosa influencia dos EUA vai ser sentida na ONU que defende a criação de um estado Judeu, declarado em 1947. A partilha da Palestina entre Árabes e Israelenses, deixando Jerusalém com status internacional.
A liga Árabe rejeitou o plano e em 1948, estourou a guerra com a saída das tropas Britânicas e a proclamação do Estado de Israel. A liga entre Egito, Síria, Iraque, Transjordânia e Líbano ataca Israel que não apenas se defende, mas aumenta seu território, tendo apoio bélico e financeiro do ocidente. Os Palestinos ficariam sem território e oprimidos pela ocupação Judaica, até a formação da OLP que lutaria pela formação de um estado Palestino na faixa de Gaza e na Cisjordânia que recebeu autonomia apenas em 1993, depois de décadas de guerras e tensões.
O problema não foi resolvido, pois na prática, colônias Judaicas continuaram a avançar em áreas Palestinas e o Islamismo continuou a pender para o fundamentalismo. Em 2006 o Hamas vence as eleições Palestinas, assumindo o controle da faixa de Gaza e em represaria contra condições de vida impostas por Israel quebra o cessar fogo lançando foguetes contra Israel.
Por que os EUA apóiam Israel? Mais uma vez o problema é cultural e religioso, na época em que o Sionismo era desenvolvido, também crescia no meio Evangélico Protestante Norte Americano a teologia do Dispensacionalismo que ensina o cumprimento literal e terrestre das profecias de restauração nacional e espiritual de Israel. Ensina que o Templo Judeu será reconstruído, os Judeus vão converter-se e tornarem-se os 144 mil. Ensina que naquela região, no vale do Megido se dará a última batalha que a Bíblia chama de Armagedom, interpretada pelo Dispensacionalismo como um conflito bélico literal entre fiéis e infiéis.
Séculos de preconceito e mortes estão fundamentados em péssimas interpretações da revelação de Deus, tanto do lado Cristão, Judeu e Mulçumano.
Quando a Samaritana perguntou a Jesus, onde deveria adorar, em Samaria ou em Jerusalém, Jesus respondeu que a conhecimento verdadeiro vinha dos Judeus, mas que os verdadeiros adoradores adorariam a Deus em espírito e verdade, (S.Jo. 4).
Jerusalém é tudo e é nada! Parece tão importante para aqueles que buscam proclamar-se como os escolhidos de Deus, mas é nada no conceito de que pedras e areia nada representam a um Deus que nos “procura para seus adoradores” (S. Jo 4:23).
Esta é a história de Cristãos, Árabes e Judeus, esta é a história da briga entre os filhos de Abraão, Isaque e Ismael. Quanta dor e quantos inocentes feitos como vítimas de ambos os lados! Quando preconceito desenvolvido e miséria plantada! Tudo isso por nada!
O que seria se o adultério, a desconfiança e a rivalidade não tivesse entrado na família de Abraão?


"justiçasemfronteiras"

sexta-feira, 18 de junho de 2010

PATRIOTISMO, VERDADE E JUSTIÇA

ESSA CALOU OS AMERICANOS!



Excelente!! não poderia ter resposta melhor... Finalmente um brasileiro lavou a alma do país



ESSA CALOU OS AMERICANOS.!!!
SHOW DO MINISTRO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS




Essa merece ser lida, afinal não é todo dia que um brasileiro dá um esculacho educadíssimo nos americanos!

Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos,o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado
sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.

O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.

Esta foi a resposta do Sr.Cristóvam Buarque:

"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.

"Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.

"Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro.O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia
para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou
diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço."

"Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser
internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.
Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

"Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.
Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário
ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês,decidiu enterrar com ele, um quadro de
um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

"Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York,
como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

"Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas
mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

"Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.

"Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo..
Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia
seja nossa. Só nossa!


DIZEM QUE ESTA MATÉRIA NÃO FOI PUBLICADA, POR RAZÕES ÓBVIAS. AJUDE A
DIVULGÁ-LA, SE POSSÍVEL FAÇA TRADUÇÃO PARA OUTRAS LÍNGUAS QUE DOMINAR.



"justiçasemfronteiras"

sexta-feira, 11 de junho de 2010

O DESPERTAR DA CONSCIÊNCIA

A humanidade alcançou "recentemente" o estágio evolutivo de cidadã do Universo, por isso tem o direito de saber tudo a respeito de como são as coisas do espírito e como elas se manifestam, desde os primórdios da terra.

EXPERIÊNCIA QUASE-MORTE

O texto que segue abaixo é do site “Casa Índigo”, em sua seção de Artigos “A Experiência Quase-Morte”, de Mellen-Thomas Benedict.

"Em 1982 eu morri de um câncer terminal. A doença era inoperável, e todos os tipos de quimioterapia que me davam me faziam vegetar cada vez mais. Os médicos me deram de seis a oito meses de vida. Eu fui um obstinado por informações nos anos 70, e me tornei cada vez mais desanimado por causa da crise nuclear, da crise ecológica e esses assuntos. E, por não ter uma base espiritual, eu passei a acreditar que a natureza havia cometido um engano, e que a humanidade era, provavelmente, um organismo canceroso no planeta. Eu não via nenhuma saída para os problemas que tínhamos criado para nós mesmos e para o planeta. E enxergava todos os humanos como células cancerígenas, já que era isso que eu tinha. Foi isso que me matou.

Cuidado com a sua visão do mundo. Ela pode voltar para você, especialmente se for uma visão de mundo negativa. Eu tinha uma visão gravemente negativa. Isto foi o que me conduziu à morte. Eu tentei vários métodos alternativos de cura, mas nada ajudou.
Então eu decidi que isto ficaria apenas entre eu e Deus. Na verdade eu nunca havia encarado Deus antes, nem lidado com Ele. Eu não tinha nenhuma espiritualidade na época, mas eu comecei uma jornada para aprender espiritualidade e curas alternativas. Eu li tudo o que pude e me agarrei ao assunto, porque eu não queria ter uma surpresa quando chegasse do outro lado. Comecei a ler sobre várias religiões e filosofias. Tudo era muito interessante e me deu uma esperança de que havia alguma coisa do outro lado.
Por outro lado, eu era um artista liberal que fazia vitrais, e não possuía assistência médica. Então, todas as minhas economias se foram do dia para noite nos exames médicos. Enfrentei os médicos sem nenhum tipo de seguro. Eu não queria que a minha família se afundasse financeiramente, e decidi lidar com isso sozinho.

Eu não tinha dores constantes, mas apagava de vez em quando. Fiquei de um jeito que nem me atrevia a dirigir, e eventualmente ia parar no hospital. Eu contratei minha própria enfermeira. E fui abençoado por este anjo, que ficou junto comigo na fase terminal. Eu durei cerca de dezoito meses. Não quis tomar muitos remédios, para ficar o mais consciente possível. E comecei a ter tanta dor, que isso era a única coisa que eu tinha na consciência, felizmente por poucos dias de cada vez.
Eu me lembro de acordar um dia em casa por volta das 4:30 da manhã, sabendo que estava acabado. Este era o dia em que eu ia morrer. Então eu chamei uns amigos para me despedir. Eu acordei minha enfermeira e disse a ela. Eu tinha um acordo particular com ela de que ela deixaria meu corpo morto sozinho por umas seis horas, porque eu tinha lido que muitas coisas interessantes acontecem quando você morre. Eu voltei a dormir. A próxima coisa que eu lembro é o começo de uma típica experiência quase-morte.

A GRANDE LUZ

Subitamente eu estava totalmente consciente e de pé, mas meu corpo estava na cama. Tinha uma escuridão a minha volta. A experiência de estar fora do corpo foi mais vívida do que as experiências ordinárias. Foi tão vívida que eu podia ver cada cômoda da casa, eu podia ver o topo da casa, eu podia ver em volta da casa, eu podia ver em baixo da casa.
Tinha uma luz brilhando. Eu me virei para ela. A luz era muito similar com o que muitas outras pessoas haviam descrito nas suas experiências quase-morte. A Luz é magnífica. É tangível; você pode senti-la. É atraente; você quer ir para ela da mesma forma como você iria para os braços da sua mãe ou do seu pai ideais.

Na medida em que eu fui me movendo para a luz, eu senti intuitivamente que se eu fosse até lá eu estaria morto.
Então na medida em que eu ia me movendo para a luz eu disse, "Por favor, espere um pouco, espere um segundo. Eu quero refletir sobre isto; eu gostaria de conversar com você antes de ir".
Para a minha surpresa, toda a experiência parou naquele ponto. Algo me disse:
-Você está sim no controle de sua experiência quase-morte.
Isto não é como um passeio na montanha-russa. Então meu pedido foi honrado e eu tive algumas conversas com a Grande Luz.
A luz estava sempre se transformando em figuras como Jesus, Buda, Krishna, imagens arquetípicas e simbólicas.
Eu perguntei a ela, "o que está acontecendo aqui? Por favor, luz, esclareça-me. Eu realmente quero saber a verdade sobre esta situação".
Eu não tenho palavras exatas para dizer, porque foi um tipo de telepatia. A luz respondeu.
A informação que foi transferida a mim foi que as suas crenças dão forma ao tipo de feedback que você obtém diante da luz. Se você for Budista ou Católico ou Fundamentalista, você terá um feedback relacionado com o que você acredita. Você tem uma chance de olhar e examinar as coisas, mas a maioria das pessoas não faz isso.
Enquanto a luz se revelava para mim, eu me dei conta que o que eu realmente estava vendo era uma matriz de nosso Eu Superior. O que eu posso dizer é que aquilo se transformou em uma matriz de almas humanas, e o que eu percebi foi que o que nós chamamos de Eu Superior em cada um de nós, é na verdade uma matriz. E é também um canal condutor para a Fonte; cada um de nós vem diretamente de lá, como uma experiência direta da Fonte. Todos nós temos um Eu Superior, ou uma parte além-alma. Ela se revelou para mim na sua forma mais verdadeira. A única forma que eu encontrei para descrever isso é o que o Eu Superior é como um canal. Ele não parece um canal, mas é uma conexão direta com a Fonte que todos nós temos. Nós estamos diretamente conectados com a fonte.
A luz estava me mostrando a matriz do Eu Superior. E ficou bem claro para mim que todos os Eus Superiores estão conectados como um único ser, todos os humanos estão conectados como um ser só, nós somos na verdade o mesmo ser, diferentes aspectos do mesmo ser. Independente de religiões. Este foi o meu feedback. E eu vi a matriz de seres humanos. É a coisa mais linda que eu já vi. Eu fui até ela e foi simplesmente magnífico, avassalador. Era como se todo o amor que você sempre quis estivesse ali. Aquele tipo de amor que cura, que cicatriza, que regenera.
Enquanto eu pedia que a luz continuasse explicando, eu entendi o que é a matriz do Eu Superior. Nós temos uma rede em volta do planeta onde todos os Eus Superiores estão conectados. É como uma grande companhia, um nível de energia sutil que está próximo, o nível espiritual, pode-se dizer.
Então, após uns minutos, eu pedi por mais esclarecimento. Eu realmente queria saber sobre o universo, e eu estava pronto para saber naquele momento.
Eu disse:
"Estou pronto, pode me levar".
Então a luz virou a coisa mais linda que eu já vi até hoje: a matriz de almas humanas deste planeta.
E eu com a minha visão negativa sobre o que aconteceu no planeta. Que vergonha....
Conforme eu pedia para luz a continuar me esclarecendo, eu vi nessa matriz como nós somos lindos na nossa essência, no nosso núcleo. Nós somos as mais lindas criações. A alma humana, a matriz humana da quais todos fazemos parte é absolutamente fantástica, requintada, exótica, tudo. Eu não tenho palavras suficientes para expressar como este instante mudou a minha visão do ser humano.

E disse, "Oh, Deus, eu não sabia o quanto somos belos".
Em qualquer nível, alto ou baixo, em qualquer forma que você esteja, você é a criação mais linda sim.
Eu fiquei atônito ao perceber que não existe nada de mau em nenhuma alma.

E disse, "Como pode ser?"
E a resposta foi que nenhuma alma era ruim por natureza. As coisas terríveis que acontecem com as pessoas podem levá-las a fazer coisas ruins, mas suas almas não são más. O que todas as pessoas buscam, e o que as sustenta é o amor, a luz me disse. O que distorce as pessoas é a falta de amor.
As revelações vindas da luz pareciam não ter fim, e então eu perguntei, "Isto quer dizer que a raça humana será salva?"
E a Grande Luz falou, ao som de um tipo de toque de trombetas e com uma chuva de luzes espiraladas, "Lembre-se disso e nunca esqueça; você salva, redime e cura a si mesmo. Você sempre pôde fazer isto. Você sempre poderá. Você foi criado com este poder, desde antes do começo do mundo."
Naquele momento eu fui até mais longe. Eu entendi que NÓS JÁ FOMOS SALVOS, e nós nos salvamos porque fomos feitos para a auto-correção, assim como o resto do universo de Deus. Este é o porquê da segunda vinda.
Eu agradeci à Luz de Deus com todo o meu coração. A melhor coisa que eu pude dizer foram estas palavras simples de agradecimento pleno:
"Oh Deus amado, Universo querido, amado Ser Superior, eu amo a minha vida."

É agora que entra o Cosmos e a Profecia Celestina.
“Disse a Grande Luz”:
- Você viu como sois pequenininhos? Não estou falando de vós, humanos, por que aí sois menos que nano, no universo. Falo da Terra, de vosso sistema solar, e mesmo de todas as estrelas que existem no céu, vossa minúscula vizinhança estrelar. Órion, Cruzeiro do Sul, plêiades, e mesmo o “caminho de Santiago”, vosso “bairro” cósmico. Tudo tão pertinho, tão aí do lado, que faz lembrar o menino tocando as estrelas com um bambu...
É, mas todos sabem também, para chegar ali do ladinho, em nossas vizinhas estrelares, mesmo que viajemos à velocidade da luz, que é, segundo a física a maior velocidade que (teoricamente) dá para atingir, mesmo assim, demoraríeis muito mais do que uma vida inteira, e mesmo várias. Isso sem falar de alguns problemas técnicos, como por exemplo, o fato de que as contas dos físicos revelarem que para atingir a velocidade da luz, precisaríeis de energia infinita. Isto não é muito prático.
Perguntei à Grande Luz. Mas então, como a Terra poderia “querer” se relacionar com outros planetas a partir de nós?
- Para vossa sorte, aquilo que normalmente chamais de matéria é apenas uma das várias dimensões de tempo-espaço-consciência do universo. A velocidade da luz não é nada perto da velocidade do pensamento. Ou seja, VOCÊ já vive em dimensões bem além daquela em que a luz é o limite.
Isto quer dizer que para ir a outros planetas habitados basta então projetar nossas almas lá? Do jeito que eu vi num livro “fácil viagem a outros planetas”? É só desdobrar e pronto?
- Não é “bem” assim.
Vamos à Profecia Celestina:
Lá o pessoal descobre que o céu é aqui mesmo (veja bem: o CÉU!) Em outras palavras, o céu não fica no céu, fica na terra mesmo. O paraíso é a terra e basta VOCÊ ver isso, que o MUNDO (tudo o que você acha que está “ao redor”) se transforma completamente. Em outras palavras, basta uma mudança profunda de atitude perante a vida, basta uma tomada de consciência.
Além de vós, existem outras humanidades na Terra. Os chamados EXTRA-terrestres, são na verdade INTRA-terrestres, e mais: aquilo que conheceis como paraíso ( o CÉU ) é na verdade Duat e Agartha, “mundos” internos, mundos além da face da Terra, existentes DENTRO da Terra. Se você morrer e for para o CÉU, em resumo, é para esses mundos INTERNOS que estará indo.
O céu, a Agartha, o paraíso, enfim, trata-se apenas de um estado de consciência diferente do vosso.
Sim, se for viajar através de outras dimensões tereis a sensação de “entrar” de ir para dentro de vosso próprio plano. É como viajar através de “dobras” de vossa própria dimensão, mas que para a consciência, própria dessa TRI-dimensão, são completamente invisíveis.
Você está ligando as coisas?
Para a humanidade ir a outros planetas e então servir de ponte para a Terra entrar em contato com suas semelhantes pelo cosmos, o único caminho é entrar pela tri-dimensionalidade, atingindo então os “mundos internos” da Terra, e de lá, ir a outros pontos do universo, em resumo, o mesmo “céu” dos mitos religiosos.

E quem vai para o céu?
– Quem tem valores para isso, não é assim? Após ter atingido certa maturidade e consciência, em resumo, sabedoria, ai na Face da Terra, ido além daquela mediocridade da mera sobrevivência, e se tornado útil ao todo, à Terra, ao Universo, em comunhão com Deus, é que pode, as pessoas irem para o céu: a vida eterna.
Sim, quem se torna um ponto de luz da consciência do próprio planeta, um raio de inteligência e de amor vivo na alma da Terra, não irá mais perder a sua própria identidade com a morte. Vai ter a sua própria alma a salvo da destruição do seu corpo, sua alma ligou-se a uma lógica além daquela simples do corpo de carne e ossos, e vai além... vai para o céu...
Mais uma vez perguntei à Grande Luz.
Mas será que é preciso morrer mesmo para isso? Vai acontecer uma iluminação na hora da morte?
- Olha, bem provavelmente não. Não exatamente uma iluminação, apenas uma purificação.
Em resumo, se a Terra tiver sucesso em você, e conseguir se auto-conscientizar, conseguir – em você – ela enxergar a sua própria essência, se ela conseguir ultrapassar a ilusão subjetiva em você, você mesmo já vai ver – agora, em vida – que a sua vida é a vida da Terra, e que, então, o seu mundo e você são uma só coisa. É então que as coisas todas fazem tanto sentido, as mínimas coisas, são tão reveladoras, que é a própria ordem que se revela, o cosmos se revela para você.
O paraíso se revela e então a passagem para o céu, os mundos internos, também se revelam e morte e vida não serão mais antônimos, mas simples momentos da mesma coisa. O dia e a noite não são apenas a Terra girando? Momentos da Terra... isso mesmo.
Quando a Terra conseguir ter sucesso num certo número crítico de humanos, então ela em si, poderá se relacionar livremente com os outros planetas seus irmãos. A ponte estará construída: humanidade – Agartha – Céu.
Vida – morte – eternidade.

ALÉM DO INFINITO

Eu, então, pedi à Grande Luz para ver o resto do universo; além do nosso sistema solar, além de toda a ilusão humana. A Grande Luz então me disse que eu poderia ir com o Rio. Eu fui, e fui carregado através da luz para o fim do túnel. Eu senti e ouvi uma série de estrondos sonoros, parecidos com os de uma suave cachoeira.
De repente, eu parecia estar sendo lançado para fora do planeta no rio da vida. Eu vi a Terra voar para longe. O sistema solar, com todo seu esplendor passou por mim a toda velocidade e desapareceu. Mais rápido que a velocidade da luz, eu voei através do centro da galáxia, absorvendo cada vez mais conhecimento. Eu aprendi que esta galáxia, e todo o universo, estão abarrotados das mais variadas espécies de VIDA. Eu vi muitos mundos. A boa notícia é que não estamos sós neste universo!
Conforme eu viajava por este fluxo de consciência através do centro da galáxia, o fluxo estava se expandindo em imponentes ondas fractais de energia. Os super-conglomerados de galáxias com toda sua sabedoria ancestral passaram por mim. Aquilo foi uma maravilha inimaginável! Eu realmente estava como uma criança maravilhada; um bebê no mundo da fantasia!
Parece que todas as criações do universo passavam voando por mim e desapareciam num ponto de luz. Quase que imediatamente uma segunda luz apareceu. Ela vinha de todos os lados, e era bem diferente; uma luz composta de mais do que todas as freqüências no universo.
E novamente eu senti e ouvi um monte de estrondos sonoros suaves. Minha consciência ou meu ser estava se expandindo para todo o universo holográfico e para além dele.
Conforme eu passava pela segunda luz, eu me dei conta de que eu tinha transcendido a verdade. Estas são as melhores palavras que eu encontrei, mas vou tentar explicar melhor. Conforme eu passava pela segunda luz, eu me expandi além da primeira luz. Eu me encontrei num profundo estado de quietude, além de todo e qualquer silêncio. Eu pude ver ou perceber o ETERNO, além do infinito. Eu era o vazio. Eu estava na pré-criação, antes do Big Bang. Eu ultrapassei o começo do tempo - a primeira palavra - a primeira vibração. Eu estava no centro da criação. Eu senti como se eu estivesse tocando a face de Deus. Não foi um sentimento religioso. Eu estava simplesmente em harmonia com a vida absoluta e com a consciência.
Quando eu digo que eu pude ver ou perceber o eterno, eu quero dizer que eu pude vivenciar toda criação se gerando. Não tinha começo nem fim. Este é um pensamento que desafia a mente não? Os cientistas vêem o Big Bang como um único episódio que criou o universo. Eu vi que o Big Bang é apenas um de um número infinito de Big Bangs que criam universos infinitos e simultaneamente. A única imagem que chega um pouco perto disso, em termos humanos, seriam aquelas criadas pelos supercomputadores que usam equações geométricas fractais.

Os povos ancestrais sabiam disso. Eles diziam que a Mente de Deus criava universos novos periodicamente, através da expiração, e des-criava (de-creating) outros universos através da inspiração. Estes períodos, ou épocas eram chamados de Yugas. A ciência moderna chama de Big Bang. Eu estava na consciência pura e absoluta. Eu podia ver ou perceber todos os Big Bangs ou Yugas criando e des-criando a si próprios. Na mesma hora eu entrei neles todos simultaneamente. Eu vi que toda e qualquer parte da criação tem o poder de criar. É muito difícil tentar explicar isso. Eu ainda não tenho palavras.
Depois do meu regresso eu fiquei anos assimilando a experiência do vazio. E o que eu posso dizer é que o vazio é ao mesmo tempo menos do que nada e mais do que tudo que existe. O vazio é o zero absoluto; o caos formando todas as possibilidades. É a consciência absoluta, ainda mais do que a inteligência universal.

Onde está o vazio? Eu sei. Está dentro e fora de tudo. Você, neste momento, enquanto vive, está sempre dentro e fora do vazio simultaneamente. Você não precisa ir a lugar algum nem morrer para chegar lá. O vazio é o vácuo ou o nada entre todas as manifestações físicas. O ESPAÇO entre átomos e seus componentes. A ciência moderna começou a estudar esse espaço entre tudo. Eles chamam isso de Ponto Zero. Sempre que eles tentaram mensurá-lo, chegavam à conclusão que não tinham instrumentos com escalas compatíveis, que seriam infinitas, por assim dizer. Existe muito mais 'Ponto Zero' no seu próprio corpo e no universo do que qualquer outra coisa!
O que os místicos chamam de vazio não é vazio. É cheio de energia, uma energia diferente, que criou tudo o que somos. Tudo desde o Big Bang é vibração, desde a primeira palavra, que é a primeira vibração.
O "Eu Sou" bíblico realmente tem um ponto de interrogação depois.

EU SOU? QUEM SOU EU?"

Então a criação é Deus explorando a Si Mesmo através de tudo o que se possa imaginar, numa contínua e infinita exploração por meio de cada um de nós. Através de cada fio de cabelo da sua cabeça, através de cada folha, em cada árvore, através de cada átomo, Deus está explorando a Si Mesmo, o grande "Eu Sou". Eu comecei a enxergar que tudo o que é, é o Eu (Self), literalmente; o seu Eu (your Self), o meu Eu (my Self). Tudo é o grande Eu. É por isso que até quando uma folha cai Deus sabe
Enquanto eu estava explorando o vazio e todos os yugas ou criações, eu estava totalmente fora das nossas concepções de tempo e espaço. E eu descobri, nesse estado expandido, que a criação é puramente consciência absoluta, ou Deus, vindo para a experiência da vida que conhecemos. O vazio em si é destituído de experiência. Ele é pré-vida, antes da primeira vibração. A Mente de Deus é mais do que vida e morte. Portanto existe muitas coisas além de vida e da morte para se experimentar no universo!
Eu estava no vazio e estava consciente de tudo o que já foi criado. Era como enxergar com os olhos de Deus. De repente eu não era mais eu. A única coisa que eu posso dizer é que eu estava vendo com os olhos de Deus. E subitamente eu soube o porquê de cada átomo, e pude enxergar tudo.
O interessante foi que eu fui para o vazio e eu voltei com o entendimento de que Deus não está lá. Deus está é aqui. É isso. Então a busca constante da raça humana de ir para fora para achar Deus... Deus deu tudo para nós, tudo está aqui, é aqui que está. E o que nós estamos vivendo agora é a exploração de Deus sobre Si mesmo em nós. As pessoas estão tão ocupadas tentando se tornar Deus que elas deveriam entender que nós já somos Deus, somos unidos, uníssonos e unificados. Deus está em nós. É exatamente isso.
Quando eu entendi isso, eu já estava satisfeito com o vazio, e queria retornar, rapidinho, a esta criação, ou yuga. Parecia a coisa mais natural a ser feita.
Então eu de repente voltei pela segunda luz, ou Big Bang, e escutei mais alguns estrondos. Eu vim pelo rio da consciência de volta por toda a criação. Que passeio! Os super conglomerados de galáxias passaram por mim me dando ainda mais insights. Eu passei pelo centro da nossa galáxia, que é um buraco negro. Buracos negros são os grandes processadores ou recicladores do universo. Você sabe o que tem do outro lado de um buraco negro? Somos nós; nossa galáxia; que foi reprocessada noutro universo.
Na sua configuração energética total, a galáxia parecia uma fantástica cidade de luzes. Toda energia deste lado do Big Bang é luz. Cada sub-átomo, átomo, estrela, planeta, até a própria consciência é feita de luz e tem uma freqüência e/ou partícula. Luz é uma coisa viva. Tudo é feito de luz, até as pedras. Então tudo está vivo. Tudo é feito da luz de Deus; tudo é muito inteligente.
Conforme eu vinha pelo rio, eventualmente eu avistava uma luz enorme vindo. Eu sabia que era a primeira luz; a matriz do Eu Superior do nosso sistema solar. Então o sistema solar inteiro apareceu na luz, acompanhado de um daqueles estrondos suaves.
Eu vi que o sistema solar no qual vivemos é o nosso maior corpo. Este é o nosso corpo local e somos muito maiores do que imaginamos. Eu vi que o sistema solar é o nosso corpo. Eu sou uma parte dele, e a terra é um grande ser criado que somos nós, e nós somos a parte dela que sabe que é assim. Mas nós somos apenas uma parte dela. Nós não somos tudo, mas somos uma parte que sabe que é assim.
Eu pude vislumbrar toda a energia que esse sistema solar gera, e esse é um show de luzes inacreditável! Eu pude escutar a Música das Esferas. Nosso sistema solar, assim como todos os corpos celestes, gera uma matriz única de luz, som e energias vibracionais. Civilizações avançadas de outros sistemas estelares podem localizar vida no universo na forma que a conhecemos pela vibração ou padrão matricial. Como em uma brincadeira de crianças. As crianças da terra (seres humanos) produzem um som abundante neste momento, como crianças brincando no quintal do universo.
Eu fui pelo rio até o centro da luz. Senti-me abraçado por ela conforme ela ia me levando para dentro de sua respiração novamente, seguido por mais um estrondo.

Eu estava na grande luz de amor com o rio da vida fluindo através de mim. E tenho que dizer de novo, esta é a luz mais amorosa e sem julgamentos que existe. É o pai-mãe ideal para a sua criança.
"E agora?" eu me perguntei.
A luz me explicou que não existe morte; somos seres imortais. Nós já estivemos vivos desde sempre. Eu compreendi que fazemos parte de um sistema vivo que se recicla eternamente. Ninguém me disse que eu tinha que voltar. Eu simplesmente soube que eu voltaria. Era natural, a partir do que eu tinha visto.
Eu não sei quanto tempo eu fiquei com a luz, em tempo humano. Mas chegou um momento em que eu percebi que todas as minhas perguntas tinham sido respondidas do outro lado, de verdade. Todas as minhas perguntas tinham sido respondidas. Cada ser humano tem uma vida diferente, e perguntas diferentes. Algumas de nossas perguntas são universais, mas cada um de nós explora isso a que chamamos vida de uma forma própria. E assim é com todas as formas de vida, de montanhas até cada folha em cada árvore.
E isso é muito importante para o resto de nós neste universo. Porque tudo contribui para a Grande Figura, a totalidade da vida.
Enquanto eu retornava para o ciclo da vida, nem passou pela minha mente, e também ninguém me disse, que eu retornaria para o mesmo corpo. E também nem importava. Eu tinha total confiança na luz e no processo da vida. Conforme o rio se fundiu com a grande luz, eu pedi para nunca esquecer as revelações e as sensações do que eu tinha aprendido do outro lado.
Eu ouvi um "Sim". Foi como um beijo na minha alma.
Então eu fui conduzido de volta pela luz na realidade vibratória novamente. O processo inteiro se reverteu, até com mais informação sendo passada para mim. Eu voltei para casa, e eu estava tendo lições sobre os mecanismos da reencarnação. Eu estava obtendo respostas para todas aquelas pequenas perguntas que eu tinha:
"Como isto funciona? Como aquilo funciona?" Eu sabia que eu reencarnaria.

Assim, despertou-me a consciência que:
Eu sou a criação de Deus. Em qualquer lugar que eu estiver, este é o centro do universo. Eu sou Deus em movimento. Deus em ação explorando a si mesmo através da grande dança da vida.


HOMANIDADE – PARTE HUMANA DE DEUS

A terra é um grande processador de energia, e a consciência individual desenvolve-se a partir do interior de cada um. Eu pensei em mim como um humano pela primeira vez, e fiquei feliz por sê-lo. Depois de tudo o que eu vi, eu já ficaria feliz em ser um átomo no universo. Um átomo. Imagine ser a parte humana de Deus...
Essa é a bênção mais fantástica. É uma benção que está muito além da maior expectativa do que uma benção pode ser. Para cada um de nós, ser a parte humana dessa experiência é algo imponente, magnífico. Cada um de nós, independentemente de onde estivermos, com problemas ou não, é uma benção para o planeta, onde estivermos.
Então eu passei pelo processo de reencarnação esperando ser um bebê em algum lugar. Mas eu estava recebendo um ensinamento sobre como a identidade individual e a consciência desenvolve-se. E eu reencarnei de volta neste corpo.

Eu fiquei tão surpreso quando eu abri meus olhos. E não sei por que, porque eu já tinha entendido isso, mas ainda assim foi uma surpresa estar de volta neste corpo, de volta no meu quarto, com alguém se debulhando em lágrimas por cima de mim. Era minha enfermeira. Ela desistiu uma hora e meia após me encontrar morto. Ela teve certeza de que eu estava morto; todos os sinais de morte estavam lá - e eu já estava ficando enrijecido. Não sabemos há quanto tempo eu estava morto, mas sabemos que se passou uma hora e meia desde que eu fui encontrado. Ela tinha respeitado o meu desejo de deixar meu corpo recém-falecido a sós por umas horas, o máximo que ela pudesse. Nós tínhamos um estetoscópio amplificado e muitas maneiras de checar as funções vitais do corpo para ver o que estava acontecendo. Ela pode verificar que eu estava morto mesmo.
Não foi uma experiência de quase-morte. Eu experimentei a morte por no mínimo uma hora e meia. Ela me encontrou morto e olhou o estetoscópio, a pressão arterial e o monitor cardíaco por uma hora e meia. Daí eu acordei e vi luz do lado de fora. Eu tentei levantar para ir até ela, mas eu caí da cama. Ela ouviu o barulho, entrou correndo e me viu no chão.
Quando me recuperei eu estava muito surpreso e ainda atônito sobre o que tinha acontecido comigo. No começo toda a memória da viagem que eu fiz não estava lá. Eu continuava escorregando para fora deste mundo e continuava perguntando, "será que estou vivo?" Este mundo parecia mais um sonho do que o de lá.
Em três dias eu estava me sentindo normal novamente, com mais clareza, embora de uma maneira que eu nunca tinha me sentido antes. Minha lembrança da viagem voltou um pouco depois. Eu não conseguia ver mais nada de errado com os seres humanos como eu via antes. Antes disso tudo eu costumava julgar muito. Eu achava que muitas pessoas eram problemáticas, na verdade todos eram problemáticos, menos eu. Mas eu curei tudo isso.
Cerca de três meses depois, um amigo me falou que eu deveria fazer exames, e assim eu fiz. Eu estava me sentindo muito bem, mas fiquei com medo de ter más notícias.

Eu me lembro do médico na clínica olhando para os exames de antes e de depois, dizendo, "Bem, você não tem nada".
Eu disse: "Verdade? Isto é um milagre?"
Ele disse, "Não, essas coisas acontecem, e são chamadas de remissões espontâneas".

Ele não se impressionou. Mas foi um milagre, e eu me impressionei, mesmo se ninguém mais o fizesse.
O mistério da vida tem muito pouco a ver com inteligência. O universo não é um processo intelectual. O intelecto ajuda; é brilhante, mas agora é só com isso que a gente processa, ao invés de nossos corações e a parte mais sábia de nós.

O centro da terra é um grande transmutador de energia, como vemos em filmes sobre o campo magnético da terra. Esse é nosso ciclo, atraindo almas reencarnadas de volta e completando novamente o ciclo. Um sinal de que você está atingindo o nível humano é quando você começa a desenvolver uma consciência individual. Os animais têm uma alma grupal, e eles reencarnam em grupos de almas. Um veado será um veado para sempre. Mas ao se tornar um humano, não importa se um humano deformado ou um gênio, mostra que está no caminho do desenvolvimento de uma consciência individual. Isto faz parte da consciência de grupo a qual chamamos humanidade.
Eu vi que as raças são conglomerados de personalidades. Nações como França, Alemanha e a China têm cada uma a sua personalidade. Cidades têm personalidades, elas têm grupos de almas que atraem certas pessoas. Famílias têm grupo de almas. A personalidade individual está se desenvolvendo como ramificações de um fractal: a alma grupal se explora na nossa individualidade. As diferentes questões que cada um de nós tem são muito importantes. Esta é a forma pela qual a Mente de Deus explora a si mesma - através de você. Então faça as suas perguntas, realize as suas pesquisas. Você encontrará o seu Eu e encontrará Deus neste Eu, porque só existe o Eu.
Mais do que isto, eu comecei a ver que cada um de nós, humanos, somos almas-gêmeas. Nós somos parte da mesma alma, que se fragmenta em diversas e criativas direções, mas ainda é a mesma alma.
Agora quando eu olho pra qualquer ser humano eu vejo uma alma-gêmea, minha alma gêmea, aquela que eu sempre procurei. Além disso, a maior alma-gêmea que você irá encontrar é você mesmo. Somos todos masculinos e femininos. Nós vivemos isso no útero e nos estágios de reencarnação. Se você está procurando por uma alma-gêmea definitiva fora de você, pode ser que você não encontre, ela não está lá. Assim como Deus não está "lá". Deus está aqui. Não procure Deus fora. Procure Deus aqui. Olhe para o seu Eu. Comece pelo maior caso de amor que você jamais teve... Com você mesmo. A partir daí você passará a amar tudo.

Eu fiz uma descida ao que vocês chamariam de inferno, e foi muito surpreendente. Eu não encontrei satã ou o mal. Minha descida ao inferno foi uma descida à miséria humana, à ignorância e escuridão do não-saber dentro de cada um.
Parecia uma eternidade de miséria. Mas cada uma das milhões de almas a minha volta tinham uma pequena estrela de luz sempre disponível. Mas ninguém parecia prestar atenção nela. Eles estavam consumidos pela sua própria dor, trauma e miséria. Mas, após o que parecia uma eternidade, eu comecei a buscar aquela luz, como uma criança pedindo a ajuda dos pais. Então a luz se abriu formando um túnel que veio direto para mim e me isolou daquele medo e daquela dor. Isto é o que o inferno realmente é.
Então o que estamos fazendo é aprender a dar as mãos, e nos unir. As portas de saída do inferno estão abertas agora. Vamos nos unirmos, dar as mãos e sair do inferno juntos.
A luz veio para mim e se transformou em um enorme anjo dourado. Eu disse, "você é o anjo da morte?".
Ele expressou para mim que ele era minha alma superior, minha matriz do Eu Superior, uma parte super-antiga de nossos seres. Então eu fui levado para a luz.

Em breve nossa ciência irá quantificar o espírito. Não será maravilhoso? Estão aparecendo aparelhos que são sensíveis à energia sutil ou espiritual. Os físicos utilizam os aceleradores de partículas para esmagar átomos e ver do que eles são feitos. Eles chegaram aos quarks e charms, e tudo mais. Bom, um dia eles chegarão àquilo que mantém tudo isso junto e eles serão obrigados a chamar isso de... Deus. Com os aceleradores de partículas, eles não apenas vêem o que está aqui, mas eles estão criando partículas. Graças a Deus a maioria delas tem vida curta de milisegundos e nanosegundos. Nós apenas estamos começando a entender que nós também estamos criando, conforme caminhamos.
Como eu vi a eternidade, eu vim para uma realidade na qual existe um ponto em que passamos todo o conhecimento e começamos a criar o próximo fractal. Temos o poder de criar conforme vamos explorando. E isso é Deus expandindo seu ser através de nós.
Cada ser humano pode despertar a consciência. A humanidade já adquiriu, recentemente, o estágio evolucional de cidadã do Universo, por isso, tem o direito de saber tudo a respeito de como são as coisas do espírito e como elas se manifestam, desde os primórdios da terra.
É SÓ PUXAR A CORDINHA.
O despertar da consciência

Se você se interessou por este livro sem dúvida alguma é porque algo dentro de você, de alguma forma, está lhe dizendo que você precisa mudar, que precisa conhecer algo novo que o leve a conhecer uma nova e surpreendente realidade.
Exagero? Pode ter certeza que não, caro amigo ou amiga.
Existe de fato uma outra realidade que lhe mostrará um sentido totalmente novo para a vida, por certo muito diferente deste que aprendemos a conhecer e aceitar desde cedo, de apenas nascer, crescer, lutar para sobreviver, reproduzir-se, envelhecer e morrer.

Como poderá ver, no decorrer deste capítulo serão abordados temas que a primeira vista parecerá um pouco estranhos. Isso é perfeitamente compreensível, especialmente quando consideramos o fato de que não fomos educados para esse tipo de conhecimento e que, muitas vezes, fomos ensinados justamente para aceitar o oposto disso.

Você poderá comprovar por si mesmo tudo o que é proposto neste livro. Muitas pessoas fizeram e continuam a fazer isso, pois o que aprenderá será para toda sua vida.
Porém é necessário praticar com continuidade o que será ensinado.
Não espere conseguir comprovar algo e obter resultados acomodando-se em apenas ler textos e acumular informações.

Também gostaría de enfatizar que não temos a intenção de convencer ninguém de nada, mas de simplesmente disponibilizar informações para os que estão realmente interessados em obtê-las.

Dito isso, fazemos votos de que você aprecie e aproveite ao máximo as informações, que nada mais é que uma porta de entrada para esta nova realidade, mas que necessariamente precisa ser transposta.

Somos muito mais do que apenas podemos ver e tocar fisicamente.
A anatomia do ser humano vai muito além da parte física, fato que não era ignorado pelas antigas e sábias formas de medicina egípcias, chinesas, indianas entre outras.
Para a perfeita compreensão dos temas tratados neste estudo, iremos falar um pouco sobre os corpos ou veículos que formam o conjunto do ser humano, assim como o que anima ou dá vida a esses veículos.

Corpo físico é nosso corpo de carne e osso e é o veículo com o qual nos expressamos no mundo físico. Esse corpo está sujeito ao tempo, isto é, se deteriora com o passar do tempo e, portanto, chega o dia em que cessam suas funções biológicas e o metabolismo.É a morte desse veículo.

Corpo vital é a parte tetradimensional do corpo físico, ou seja, é um correspondente intimamente ligado ao corpo físico que, porém, não é visível ao olho humano. O corpo vital também é conhecido como aura, corpo etérico ou ainda, no oriente, lingan sarira.
É esse corpo que dá vitalidade e calor ao corpo físico e, quando começa a se deteriorar (pois também está sujeito ao tempo) o corpo físico seguramente irá pelo mesmo caminho.
Quando da morte do corpo físico o corpo vital também se desintegra.

Corpo astral é o veículo com o qual nos expressamos no mundo astral ou mundo dos sonhos.
Este veículo não está sujeito ao tempo, não morre e nem se desintegra quando ocorre a morte física.
Este corpo é ligado ao corpo físico pelo cordão de prata, também chamado de fio da vida ou ainda Antakarana. É um fio de energia que somente é rompido no momento da morte física.
Com o corpo astral podemos atuar conscientemente fora do corpo físico e visitar os diversos lugares do mundo astral ou mesmo do físico. É o que se conhece por desdobramento astral, projeção astral, sonho lúcido, etc., o que, aliás, será tratado com detalhes no decorrer deste estudo.

Corpo mental é o veículo com o qual nos expressamos no mundo mental, que também se encontra na quinta dimensão, por isso assim como o corpo astral não morre nem se desintegra quando ocorre a morte física. O corpo mental está relacionado aos nossos pensamentos e funcionalismos cerebrais.

Acima citamos os veículos ou corpos que possuímos.

Abaixo veremos o que anima esses veículos, o que realmente somos internamente.

Essência, consciência ou alma é o que temos de mais nobre. É uma parte divina que se expressa nas diferentes dimensões através dos veículos acima citados.
É o que realmente somos, mas infelizmente está demasiada adormecida e aprisionada em nossos muitos defeitos de caráter, deformidades psicológicas (que também podemos chamar de eus) e dificilmente a nossa essência consegue se expressar.
A essência é imortal. Em uma criança recém-nascida a Essência se expressa livre dos defeitos psicológicos, o que torna essas crianças belas, inocentes e adoráveis.
Infelizmente, com o passar dos anos, a Essência volta a ser aprisionada nos eus, e aquela beleza espontânea vai se acabando.
Quando dizemos que a Essência volta a ser aprisionada, nos referimos ao fato de que quando nascemos estamos na verdade vindo de uma existência anterior, na qual a Essência já estava aprisionada pelos defeitos psicológicos.
Ego é o conjunto de todos os nossos defeitos psicológicos, também chamados de eus ou detalhes do ego.
Apesar de ser de natureza inumana também é o que somos.
Como a Essência aprisionada dificilmente se expressa, quem atua em nós quase na totalidade do tempo é o ego.
No gráfico anterior vimos que temos:

• 3% de Essência livre (porém adormecida)
• 97% de Essência aprisionada nos diferentes eus

Os eus são como muitas pessoas vivendo dentro de nós, cada qual com a sua vontade, opinião, desejo, pensamento, etc. Cada uma dessas “pessoas” luta pela supremacia, para ser o comandante da máquina humana.
Seria como se a máquina humana fosse um navio tripulado por muitas pessoas, as quais estão constantemente lutando entre si para ser o comandante e pilotar o navio.
O ego é pluralizado, é o conjunto de muitíssimos eus ou defeitos psicológicos que foram criados e são alimentados por nós mesmos.
O ego não morre quando ocorre a morte do corpo físico, segue vivendo na quinta dimensão. Quando a essência retorna em um novo corpo físico o ego torna a se reincorporar neste novo organismo e continua mantendo a essência adormecida e aprisionada.
Não há nada de divino ou superior no ego. Sem sombra de dúvida o ego é a causa de nossos sofrimentos, inconsciência e limitações.

Felizmente o ego pode ser eliminado de nós e por nós mesmos, de forma voluntária e consciente.
Podemos também dizer que tudo o que existe no físico existe também no astral, mas nem tudo que existe no astral existe no físico.

Os sete centros da máquina humana

Neste capitulo veremos algo sobre os sete centros que controlam a máquina humana.
Este tema é simples, porém, importantíssimo, e compreendê-lo é fundamental para entender os temas que virão e, principalmente, para colocar em prática as técnicas de autoconhecimento e mudança interior.

É bom também ter em conta que este tema não tem relação alguma com os sete chacras principais do ser humano, pois os chacras são algo totalmente distinto dos centros que tratamos nesta lição.

Nosso corpo possui determinados centros de controle que são responsáveis por exercer determinadas funções físicas e psicológicas.
São sete os centros que controlam a máquina humana, sendo dois centros superiores e cinco inferiores.
Os dois centros superiores, que são o emocional superior e o mental superior, estão como “desconectados” do ser humano comum e corrente, fato devido à nossa condição psicológica e espiritual tão limitada.

O ser humano tem espantosas possibilidades de desenvolvimento interior, a ponto de conseguir ter uma ordem perfeita dentro de si, com todos os cinco centros perfeitamente equilibrados e harmoniosamente “conectados” aos outros dois centros superiores.
Uma criatura assim tem total domínio sobre si mesmo, é senhor de seus processos psicológicos e de suas emoções.
Os cinco centros inferiores todos os seres humanos os possuem, pois são indispensáveis à nossa existência.
Cada centro trabalha com o tipo de energia que lhe corresponde e o uso excessivo, que na verdade podemos chamar de abuso, de qualquer um dos centros esgota uma pessoa, podendo mesmo levá-la a um colapso de suas funções, o que modernamente é chamado de stress.

Estes centros são os seguintes:

• Centro intelectual: localizado no cérebro este centro trabalha com a energia mental, e é responsável pelos processos do raciocínio e do pensar. Quando uma pessoa, por exemplo, está estudando ou raciocinando para resolver um problema, está utilizando energia do centro intelectual.
• Centro motor: localizado na parte superior da coluna vertebral (base do crânio), este centro controla os movimentos que fazemos. Por isso uma lesão na coluna pode comprometer seriamente o controle dos movimentos do corpo.
• Centro emocional: é um único centro de controle que, porém, é formado por dois pontos que se localizam um no coração e outro no plexo solar (região do umbigo), e este centro trabalha com a energia emocional.
• Talvez você já tenha percebido que diante de certos acontecimentos em nossa vida, às vezes sentimos uma sensação esquisita no coração ou um certo “frio na barriga”.
Repare que essas sensações são perceptíveis justamente nos pontos que formam o centro emocional.
• Centro instintivo: este centro está localizado na base da coluna vertebral, e controla os instintos naturais do ser humano como o instinto de sobrevivência, instinto materno, instinto sexual, etc.
• Centro sexual: localizado nos órgãos sexuais trabalha com a energia sexual, que é a energia mais poderosa de todas.
Infelizmente devido aos nossos já conhecidos defeitos psicológicos, também chamados de ego, estes centros não trabalham corretamente, o que causa o mau funcionamento físico e psicológico da máquina humana.
Isso como conseqüência traz enfermidades de todo tipo.
O ego atua nestes centros a cada instante, abusando da energia destes centros, desgastando e controlando a máquina humana.

O mais incrível de tudo é que ninguém sequer suspeita do que está ocorrendo em si mesmo, em seu próprio mundo interior, físico e psicológico. Apenas sofre as consequências sem saber as causas.
Mas a partir de agora isso começa a mudar.
Como podemos comprovar a atuação dos defeitos psicológicos em nós?
Existe em nós um sentido que está atrofiado pelo desuso. Trata se da Auto-observação.
Com esse sentido podemos perceber a atuação dos defeitos psicológicos em cada centro e, percebendo isto, podemos eliminá-los através do que chamamos morte psicológica, também conhecida como morte mística ou ainda morrer psicológico.
Os temas da Auto-observação e da Morte psicológica serão explicados em detalhes nas próximas lições deste estudo, e são imprescindíveis para o auto-conhecimento e a mudança interior.

O sentido da Auto-observação

Nesta lição aprenderemos sobre um precioso sentido que todos nós possuímos, mas que infelizmente, pelo seu total desconhecimento e conseqüente desuso, está atrofiado.
Felizmente, conforme vamos voltando a usar este sentido, este vai novamente se desenvolvendo e é como se fossemos abrindo gradualmente uma janela em nós mesmos, a qual por muito tempo permaneceu fechada e agora permite que um pouco de luz entre e ilumine nosso mundo interior, e dessa forma vamos conseguindo enxergar pouco a pouco tudo o que ali existe.
Conforme mais exercitamos este sentido mais a janela se abre e conseqüentemente mais luz entra, e assim vamos enxergando cada vez mais e mais coisas que até então estavam ocultas e que nem remotamente suspeitávamos que existiam.
Esse sentido é chamado de auto-observação e compreender este tema é básico e fundamental.
Não é possível nos conhecermos a fundo sem utilizar o sentido da auto-observação.

Mas afinal, o que vamos observar em nós?
Através da auto-observação iremos ver e sentir o que se passa nos centros da máquina humana, nos cinco centros inferiores que estudamos na lição anterior.
E como veremos nesta lição, nestes centros a todo instante algo está ocorrendo, e na maioria das vezes sem nosso conhecimento e muito menos consentimento.
E como fazer a auto-observação?
Não há uma técnica para se fazer a auto-observação.
Simplesmente, conhecendo quais são os centros da máquina humana (intelectual – motor – emocional – instintivo – sexual), passamos a observá-los, ou seja, dirigimos nossa atenção para estes centros a fim de percebermos quais sentimentos e pensamentos estão se manifestando ali.
Para isso não é necessário parar de fazer o que estamos fazendo, seja em casa, no trabalho ou em qualquer lugar que se esteja.
Praticando a auto-observação você verá que este sentido nos permite ver e sentir extraordinariamente o que se passa dentro de nós e, ao mesmo tempo, ter total atenção no mundo exterior e ao que estamos fazendo.

Na verdade, como a prática lhe mostrará, se consegue ter muito mais atenção e concentração no que estamos fazendo quando estamos em auto-observação.

Agora que já estamos com nossa atenção dirigida para nossos centros, devemos observar o que está ocorrendo ali, sejam pensamentos ou sentimentos.
Conforme vimos na lição anterior, os defeitos psicológicos atuam nos centros da máquina humana, nutrindo-se da energia destes centros e causando muitos malefícios físicos e psicológicos.
Quando dizemos atuam, isso significa que provocam, dependendo do centro e da natureza do defeito psicológico, certos tipos de pensamentos, sentimentos, etc., às vezes incrivelmente amargos e dolorosos o suficiente para causar um profundo sofrimento.

A título de exemplo, relacionamos abaixo o que podemos observar de mais comum em cada um dos cinco centros da máquina humana:

• Centro Intelectual: pensamentos mórbidos e negativos, para com você mesmo e para com as outras pessoas, como a ira, a luxúria, a inveja, a cobiça, a desonestidade, a traição, o roubo, a maledicência, etc.
• Devemos também observar como os pensamentos mudam rapidamente. Pensamos a maior parte do tempo nas coisas que fizemos ou que vamos fazer, no que vimos na televisão, o que deveríamos ter falado ou vamos dizer a fulano, enfim uma sucessão de pensamentos sem controle e normalmente ligados ao passado ou ao futuro.
• Toda essa confusão de pensamentos e imagens mentais são também causadas pelos defeitos psicológicos e podem desgastar muito uma pessoa.
• Centro Motor: basicamente neste centro o que podemos observar são movimentos feitos mecanicamente, de forma automática, sem ter atenção sobre eles.
• Um exemplo clássico é quando dirigimos um carro e ao mesmo tempo estamos pensando em várias outras coisas e, no entanto, continuamos a trocar as marchas, acelerar, frear, etc., tudo feito de forma automática.
• Agora podemos nos perguntar: Por que uma pessoa ultrapassa um sinal vermelho sem se dar conta e provoca um acidente?
Por que uma pessoa atravessa a rua sem perceber que um carro está vindo em sua direção e é atropelada?
Essas coisas só acontecem porque as pessoas não estão conscientes de seus movimentos, de seu centro motor. Precisamos nos esforçar por fazer os movimentos com atenção.
• Centro emocional: emoções negativas de todo o tipo como o ódio (ainda que sutilmente disfarçado), a inveja, o medo (não importa do que seja), a angústia, a ansiedade, a impaciência, o apego a coisas e pessoas, preocupações, sentimentos exagerados, etc.
• Um mesmo defeito psicológico pode atuar, por exemplo, primeiro no centro emocional, depois no centro intelectual e em seguida no centro motor. Por exemplo, quando alguém diz algo que não gostamos.
• Ficamos bravos (centro emocional) e logo pensamos em reagir ou ficamos pensando em muitas coisas que deveríamos ter falado, feito, etc. (centro intelectual).
• Podemos ficar mais identificados ainda com a situação e fazer gestos ou mesmo brigar.
• Observe neste exemplo que toda a máquina humana foi controlada pelo ego como se fosse uma marionete, passando a controlar primeiramente o centro emocional, depois o intelectual e por fim o centro motor.
• Se estivermos em auto-observação veremos que isso acontece a todo o momento.
• Centro Instintivo: neste centro o que observamos é o exagero ou abuso de certos instintos naturais.
Vejamos por exemplo o instinto materno, que faz com que naturalmente uma mãe zele pela sobrevivência de seu filho. O abuso deste instinto seria expresso na forma de uma super-proteção por parte da mãe, fazendo com que ela cuide e se preocupe exageradamente com seu filho, mesmo quando este já possui idade suficiente para cuidar de si mesmo.
Mais comum é o abuso do instinto de sobrevivência, que entre outras coisas, nos diz que devemos nos alimentar para sobreviver. Neste caso os defeitos psicológicos atuam fazendo com que a pessoa se alimente em demasia, comendo muito mais do que necessita para sobreviver. É o conhecido defeito da gula.
• Centro sexual: abuso das energias sexuais. A energia criadora do sexo é infinitamente a mais poderosa que possuímos e que o ego gasta bestamente vendo filmes, cenas, anúncios, explicita ou implicitamente pornográficos ou imorais, pensamentos mórbidos, conversas desonestas, etc.
• O abuso das energias sexuais leva, cedo ou tarde, à impotência sexual.
No começo conseguimos nos auto-observar muito pouco, talvez algumas vezes por dia apenas. Isso varia de pessoa para pessoa, depende do quanto está atrofiado este precioso sentido.
Porém, com a prática, esse tempo de auto-observação vai gradualmente aumentando e passamos a nos autoconhecer cada vez mais, jogando mais luz em nosso interior e vendo como realmente somos interiormente.
E quando estamos em auto-observação e percebemos a atuação de algum defeito psicológico, o que fazer para que este seja eliminado?
No decorrer do estudo aprenderemos, como já mencionado na lição anterior, a técnica do morrer psicológico, através da qual podemos eliminar cada defeito psicológico que conseguimos perceber atuando em nós.
Por isso desde já pratique muito a auto-observação, exercite e desenvolva este sentido porque dele dependerá sua mudança interior.
Técnica para relaxamento
Nesta lição vamos aprender a importância de fazermos o relaxamento do corpo, os benefícios que isso trará e sua importância para a prática das técnicas de projeção astral e de meditação, que serão vistas nas próximas lições do nosso estudo.
Estudos no campo da psicologia revelaram que uma pessoa que pratica regularmente alguma técnica de relaxamento tem uma possibilidade muito grande de evitar doenças causadas pelo stress, de poder lidar melhor com a ansiedade, de ter um melhor relacionamento interpessoal, etc.
Quando praticamos o relaxamento nosso objetivo é “esquecermos” de nosso corpo, isto é, deixá-lo tão relaxado e sem tensões de tal forma que seria como se ele não estivesse ali, como se naquele momento não tivéssemos corpo físico. Além dos benefícios para a saúde que já vimos, o relaxamento será a primeira etapa das técnicas que aprenderemos para a projeção astral e para a meditação.
Por isso desde já comece a praticar a técnica de relaxamento que daremos a seguir para ir se acostumando.
Se possível pratique pelo menos uma vez ao dia no horário que achar mais conveniente.
Quanto mais praticar melhor.
A técnica que aprenderemos para fazer o relaxamento é muito simples e ao mesmo tempo muito eficiente, e a chamamos de “Técnica da luz azul”.
Para praticá-la usaremos nossa concentração e imaginação combinadas, da forma como é descrito abaixo:
• Primeiramente devemos nos deitar em uma posição confortável o suficiente para não precisarmos nos mexer mais, escolhendo um lugar silencioso, tranqüilo e bem arejado. O quarto de dormir normalmente é o ideal.
• Agora fechamos os olhos, nos concentramos e vamos imaginar, ou seja, visualizar com a mente, todo nosso corpo que está deitado, da melhor forma que conseguirmos, dos pés à cabeça.
• Depois disso vamos começar a imaginar uma luz azul celeste preenchendo nosso corpo, começando pelos dedos dos pés, preenchendo todo o pé, o tornozelo, as panturrilhas e assim por diante até o topo da cabeça.
• Não imagine apenas essa luz apenas revestindo seu corpo, mas sim imagine que ela preenche seu corpo como se ele fosse oco.
• Faça a etapa anterior sem pressa e imaginando da melhor forma possível todo esse processo, sentindo o relaxamento de cada músculo por onde passa a luz azul.
• Ao final da prática o corpo deverá estar totalmente tomado pela luz azul, assim como também totalmente relaxado. Se achar necessário repita todas as etapas novamente.
Pode ser que você tenha alguma dificuldade em se concentrar e em manter a imagem na mente. Isso é reflexo de nossa falta de concentração.
Não se preocupe, pois com a prática isso irá melhorando. Além disso, no estudo teremos uma lição que tratará exclusivamente do tema da concentração e como desenvolvê-la.


A MORTE PSICOLÓGICA

O trabalho da morte psicológica é antiguíssimo e sempre foi ensinado à humanidade pelos vários Mestres ou Avataras que vieram para instruí-la, mostrando-lhe os meios para acabar com seus próprios sofrimentos e limitações.
Jesus Cristo (o mais exaltado de todos), Buda, Quetzalcoatl (O Cristo asteca), Hermes Trismegisto no Egito, Krishina entre outros.
Cada um ensinou a mesma doutrina, porém adaptada ao seu tempo, com seus próprios termos e símbolos.
Infelizmente quando o Mestre parte, os homens, manipulados por seus próprios egos, começam a distorcer a doutrina e pouco a pouco o principal se perde ou é oculto da humanidade.

A Mãe Divina

Há em nós em essência, uma partícula divina, a qual chamamos de Mãe Divina. Nas antigas culturas ela sempre foi conhecida e venerada.

A casta Diana grega, a Isis egípcia, a Tonantzin asteca, a Shakti hindu, a Stella Maris dos alquimistas medievais, a Maria - Nossa Senhora dos cristãos, etc, são os outros nomes atribuídos à Mãe Divina dentro dos simbolismos de cada cultura e época.
Assim como nossa mãe física, ela zela por seu filho ou filha e é individual. Cada ser humano tem a sua.
Devemos sempre pedir seu auxílio, seu conforto e sua proteção.
Ela nunca abandona o filho suplicante, desde que este tenha uma conduta reta. Sua missão principal em nós é justamente a eliminação do ego, de cada defeito psicológico que conseguimos perceber através da auto-observação.
Com a ajuda dela é que vamos morrendo psicologicamente, eliminando os defeitos de caráter.

Da Prática:

Primeiramente é fundamental estar em auto-observação, prestando atenção em nossas emoções, sentimentos, pensamentos, etc.
Quando percebermos a atuação de um defeito psicológico em algum dos centros da máquina humana, pedimos mentalmente a nossa Mãe Divina para que ela elimine esse defeito, que o desintegre.
O pensamento que gera o defeito psicológico é então imediatamente eliminado e resgatamos a parcela de consciência que ele aprisionava.
É realmente muito simples.

Cada pessoa faz a petição como achar melhor, de coração, porém de forma enérgica, como quando um filho pede algo urgente a sua mãe. A mãe então atende prontamente.

Cada um tem suas próprias palavras, mas um exemplo é:

“Minha Mãe Divina, elimine este meu defeito de caráter (citar o defeito) e desintegre-o agora!”.

Se um mesmo tipo de defeito insiste em atuar seguidamente tornamos a pedir por sua eliminação.
Isso pode ocorrer quando um defeito é muito forte, quando foi muito “alimentado” através do tempo.
Contudo, utilizando a técnica da morte psicológica toda vez que o defeito atuar mentalmente, deve-se renovar a petição, este pensamento irá perdendo sua força até finalmente se desintegrar.
Para uma melhor compreensão, façamos uma comparação entre o ego e uma árvore.
Uma árvore se desenvolve e se mantém viva e forte retirando do solo os nutrientes necessários para sua sobrevivência, e para isso depende totalmente de suas raízes, já que estas são a parte da árvore que efetivamente retira do solo os nutrientes.
Agora consideremos o ego como uma árvore que depende totalmente dos pequenos detalhes ou eus (que podemos comparar às raízes da árvore), já que são estes que retiram a energia suficiente dos centros da máquina humana e assim mantém o ego vivo.
Se cortarmos as raízes do ego (que são os defeitos psicológicos) através da morte psicológica, conseqüentemente o ego irá gradualmente perdendo sua força, se desnutrindo e morrendo, tal qual ocorreria com uma árvore se cortássemos suas raízes.
O contrário também pode ocorrer, ou seja, se permitimos que os detalhes atuem todo o tempo nos centros da máquina humana, o ego irá se tornando cada vez mais forte e desenvolvido. Isso é o que infelizmente tem ocorrido até o momento conosco.
No decorrer do estudo vamos conhecer também novas facetas dos defeitos psicológicos, e entender porque muitas vezes temos certas atitudes e comportamentos que na verdade somente nos prejudicam.
De qualquer forma o meio para eliminação de qualquer defeito psicológico é e será sempre a morte psicológica, por isso não deixe de colocar em prática o que aprendemos nesta lição.

O Objetivo Real da nossa Existência

“Qual é o objetivo real de nossa existência? Para que estamos aqui? Por quê?
Isto é algo que devemos elucidar com claridade meridiana; isto é algo que devemos sopesar, analisar, julgar serenamente.
Vivemos, no mundo, com que objetivo? Sofremos o indizível para quê?

Lutamos para conseguir isso que se chama pão, agasalho e abrigo e, depois de tudo, o quê?
Em que ficam todos os nossos esforços?
Viver por viver, trabalhar para viver e logo morrer é, acaso, algo maravilhoso?

Em verdade, amigos, faz-se necessário compreender o sentido de nossa existência, o sentido do viver.
Há duas linhas na vida: a uma delas poderíamos chamar horizontal, a outra, vertical.
Elas formam uma cruz dentro de nós mesmos, aqui e agora, nem um segundo mais adiante, nem um segundo mais atrás.

Necessitamos objetivar um pouco estas duas linhas.
A horizontal começa com o nascimento e termina com a morte; ante cada berço existe a perspectiva de um sepulcro, tudo o que nasce deve morrer.
Na horizontal está todo o processo do nascer, crescer, reproduzir-se, envelhecer e logo morrer.
Na horizontal estão os vãos prazeres da vida: licores, fornicações, adultérios, etc.
Na horizontal está a luta pelo pão de cada dia, a luta por não morrer, por existir sob a luz do sol.
Na horizontal estão todos esses sofrimentos íntimos da vida prática, do lar, da rua, do escritório, etc. Nada maravilhoso pode nos oferecer a linha horizontal.
Mas, existe outra linha totalmente diferente; quero referir-me, de forma enfática, à vertical
Esta vertical é interessante.
Nela encontramos os distintos níveis do Ser; nela estão os poderes transcendentais e transcendentes do Íntimo; nesta vertical estão os poderes esotéricos, os poderes que divinizam, a Revolução da Consciência, etc.
Com as forças da vertical nós podemos influir decididamente sobre os aspectos horizontais da vida prática; podemos mudar, totalmente, nosso próprio destino, fazer de nossa vida algo diferente, algo distinto e passarmos a ser algo totalmente distinto do que fomos, do que somos, do que temos conhecido nesta amarga existência.
A vertical é, pois, maravilhosa, revolucionária por natureza; porém, necessita-se ter um pouco de inquietudes.
Antes de tudo, pergunto-me e pergunto a todos:
Estamos, acaso, contentes com o que somos? Quem de vocês sente-se feliz, no sentido mais completo da palavra?”
Acima foi transcrito o prólogo do livro “Tratado de Psicologia Revolucionária”, com o propósito de compreendermos o tema desta lição - o nível do Ser.
Como vimos no texto acima, na vida existem duas linhas (ou dois aspectos da vida) que se cruzam continuamente, sendo que uma delas, a horizontal, representa o tempo de duração de nossa existência contido entre o nosso nascimento e a morte.
Evidentemente que entre o nascer e o morrer estão todos os acontecimentos e fatos do cotidiano que ocorreram e que estão por acontecer em nossa vida.
Realmente não há nada muito interessante ou certo relacionado com a linha horizontal, sendo que a única certeza que podemos ter em relação a esta linha é que ela tem um início e um fim.
Já a outra linha, a vertical, nos oferece infinitas possibilidades, pois é a linha onde estão os níveis do Ser.
Na linha vertical estão as virtudes, a mudança interior, a sabedoria, os poderes e as faculdades do Ser, e é totalmente independente da linha horizontal.
Podemos comparar a linha vertical a uma escada, na qual os degraus mais elevados correspondem a níveis do Ser mais elevados também. E, analogamente, os degraus mais baixos correspondem aos níveis do Ser mais inferiores.
Na vida as pessoas estão em variados níveis do Ser, e as pessoas com o mesmo nível do Ser tendem a se atraírem por afinidade e relacionarem entre si.
Por isso que uma pessoa abstêmia não tem afinidades com um grupo de bêbados; ou uma mulher honrada não vive em meio a prostitutas, ou um homem honesto não tem amigos criminosos.
Outro fato importante relacionado aos níveis do Ser, é que se uma pessoa melhora seu nível do Ser conseqüentemente irá se relacionar com pessoas mais decentes do que as que se relacionava anteriormente.
Isso se deve ao fato de que as afinidades mudam quando muda o nível do Ser, e essa pessoa que mudou seu nível do Ser irá perdendo as afinidades que tinha com seu antigo círculo de relacionamentos, e agora sentirá afinidades com pessoas que estejam no mesmo nível do Ser em que se encontra.
Se queremos gerar novas condições em nossa existência, se queremos provocar uma mudança em nossa vida, temos que necessariamente mudar nosso nível do Ser.
Do contrário continuaremos a ser apenas vítimas das circunstâncias e dos acontecimentos que nos esperam na linha horizontal.
Por mais incrível que isto pareça, sem mudar nosso nível do Ser, não podemos manipular em nada o curso de nossa existência, os fatos simplesmente nos sucedem de acordo com as leis mecânicas da natureza, as quais estão relacionadas à linha horizontal.
Depois de tudo o que foi explicado sobre os níveis do Ser, ainda resta uma questão fundamental:
Como fazer para elevar nosso nível do Ser?
Através da morte psicológica, da eliminação dos defeitos psicológicos.
Quanto mais defeitos eliminamos mais elevado será o nosso nível do Ser, e assim mais intensas serão as mudanças que provocaremos também em nossa existência.
Aqui fica claro então o grande dilema filosófico: “Ser ou não Ser, eis a questão.”
O que queremos fazer de nós e de nossa vida? Vamos mudar nosso nível do Ser ou não?
Por difícil que possa ser tomar uma decisão, existem somente duas alternativas: Ser ou não Ser.
Diante de cada situação pergunte a si mesmo:
Farei isto dessa forma ou de uma forma que eleve meu nível do Ser?
Darei poderes ao ego ou fortalecerei a Essência?
Lembre-se que essas pequenas decisões são justamente as que fazem toda a diferença.

O terrível defeito da ira

O objetivo desta lição é colocar ênfase em um tipo de defeito psicológico muito comum, que é fácil de ser percebido atuando nos centros da máquina humana e que, no entanto, é um dos maiores causadores de sofrimentos e problemas psicológicos, físicos e sociais.
Vejamos o seguinte trecho retirado do livro “A Revolução da Dialética”:

“A ira aniquila a capacidade de pensar e de resolver os problemas que a originam. Obviamente, a ira é uma emoção negativa. O enfrentamento de duas emoções negativas de ira não consegue paz nem compreensão criadora.
Inquestionavelmente, sempre que projetamos a ira a outro ser humano, produz-se a derrubada de nossa própria imagem e isto nunca é conveniente no mundo das inter-relações.
Os diversos processos da ira conduzem o ser humano para horríveis fracassos sociais, econômicos e psicológicos.
É claro que a saúde também é afetada pela ira. Existem certos néscios que se aproveitam da ira, já que esta lhes dá um certo ar de superioridade. Nestes casos a ira combina-se com o orgulho.
A ira também costuma se combinar com a presunção e até com a auto-suficiência. A bondade é uma força muito mais esmagadora que a ira.
Uma discussão colérica é tão somente uma excitação carente de convicção. Ao enfrentarmos a ira, devemos resolver-nos, devemos decidir-nos, pelo tipo de emoção que mais nos convém.
A bondade e a compreensão resultam melhores que a ira. Bondade e compreensão são emoções permanentes, posto que podem vencer a ira.

Quem se deixa controlar pela ira destrói sua própria imagem. O homem que tem um completo autocontrole, sempre estará no cimo.
A frustração, o medo, a dúvida e a culpa originam os processos da ira. Frustração, medo, duvida e culpabilidade produz a ira.
Quem se libertar destas quatro emoções negativas dominará o mundo.
Aceitar paixões negativas é algo que vai contra o auto-respeito.
A ira pertence aos loucos. Não serve porque leva à violência.”
Especialmente atento a este defeito, pois ele se manifesta muitas vezes e de várias formas, e seus efeitos são extremamente negativos.
O meio para eliminá-lo é o mesmo que para qualquer defeito psicológico: auto-observação e morte psicológica.
Nada justifica ficarmos nervosos, bravos, com ódio, etc., seja por qual motivo for.
Embora não seja o comum, o normal seria encarar com serenidade qualquer fato ou evento, seja este desagradável ou até mesmo desastroso.

Conforme vamos eliminando o defeito da ira vai surgindo em nós, na mesma proporção, a virtude da serenidade.
Conforme vamos eliminado o defeito do ódio, irá surgindo em nós a virtude do amor.
O defeito da ira alimenta-se de muitos detalhes e se manifesta em várias situações.
Algumas situações comuns nas quais se manifesta o defeito da ira são:

• Discussões em casa ou no trabalho, ainda que de forma sutil.
• Situações desagradáveis e inevitáveis. Acidentes de qualquer natureza, como quebrar um objeto estimado.
• Fatos que geram frustração, como quando se está esperando por algo que não acontece.
O defeito da ira pode, sozinho, desgraçar por completo a vida de uma pessoa.
Mais ainda, pode desgraçar também a vida de todos ao seu redor, como infelizmente ocorre, por exemplo, nos tristes casos de violência doméstica. Não permita de forma alguma que esse defeito influencie a sua vida.
Por isso disse Jesus, o Cristo: “Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra.” (Mateus – 5,5)

A concentração – como desenvolvê-la

Neste capítulo aprenderemos sobre a importância da concentração, como desenvolvê-la e como isso nos ajudará em até mesmo em nossa vida cotidiana.
Veremos que algumas técnicas para serem executadas necessitam de concentração e imaginação.
São os casos das técnicas de relaxamento, meditação e projeção astral.

Ter capacidade de concentração é essencial para colher resultados nas práticas que estamos aprendendo.
Mas afinal, o que é exatamente concentração?
Concentração é a capacidade de ter em mente apenas um único pensamento, é ter a atenção voltada para um único ponto.
Estamos concentrados quando temos em mente apenas um único objetivo, ou uma única imagem mental.
Se por exemplo, estamos tentando imaginar algo e em nossa mente está passando uma sucessão de pensamentos, vozes e imagens, então não estamos concentrados em nada.
E como fazer para desenvolver a concentração?
Para desenvolver a concentração precisamos nos disciplinar para isto, ou seja, adotar certos hábitos em nosso dia a dia que contribuam para treinar a concentração.
Dessa forma, quando fazermos uma prática seja ela de relaxamento, meditação ou projeção astral, será muito fácil nos concentrarmos porque em nosso dia a dia nos acostumamos a fazer tudo com concentração.

Além disso, ter o hábito de fazer tudo com concentração também nos ajudará no desempenho das tarefas do cotidiano, seja em casa, no trabalho, etc.
A seguir veremos algumas dicas simples, as quais se implantadas em nosso dia a dia, nos ajudarão a desenvolver a capacidade de concentração:
• Primeiramente deve estar bem claro que só podemos fazer uma coisa de cada vez, e quando estivermos fazendo uma atividade devemos ter toda nossa atenção voltada somente a ela.
• Isso pode parecer óbvio, mas o mais comum é que uma pessoa faça uma determinada atividade e esteja pensando na próxima que precisará fazer depois.
• Dedique o tempo que for necessário para concluir uma determinada atividade que esteja fazendo e, somente após concluí-la, passe para uma próxima atividade, e assim sucessivamente até terminar o seu dia.
• Faça seus movimentos com concentração. Estamos muito acostumados a fazer as atividades de forma mecânica, isto é, fazendo determinados movimentos sem prestar atenção, e pensando em outras coisas que não tem relação alguma com o que estamos fazendo. Situações muitos comuns onde isto ocorre é quando estamos tomando banho, escovando os dentes, dirigindo o carro, etc.
• É claro que quando tentarmos nos concentrar em algo nossa mente tentará desviar para outros pensamentos, já que nunca foi submetida a uma disciplina. Quando isto ocorrer devemos trazer nossa atenção imediatamente para onde estávamos concentrados, tantas vezes quanto seja necessário.
• Se os pensamentos estão insistindo demais em atrapalhar a concentração podemos também lhes aplicar a morte psicológica, pois cada pensamento destes é um eu, um defeito psicológico e, portanto podem ser eliminados.
Seguindo essa disciplina você conseguirá seguramente desenvolver bastante sua capacidade de concentração.
Mas não se esqueça que só conseguirá resultados com prática e continuidade.

A tagarelice interior e a confusão mental

A chamada tagarelice interior, como o nome já sugere, é a sucessão de conversas, falas, atos, etc., que ocorrem em nosso mundo interior na forma de pensamentos quando alguém nos faz ou fala algo que não gostamos.
Neste caso, ainda que não digamos nada verbalmente, em nosso interior estamos falando coisas horríveis a esta pessoa, maldizendo-a, humilhando-a, etc., etc.
Por exemplo:
Suponhamos que trabalhamos em uma empresa e que, fazendo uma tarefa qualquer, cometemos um determinado erro. Então nosso patrão nos chama a sua sala e nos repreende educadamente pelo erro.
Isso já pode ser o suficiente para em nosso interior estarmos esfolando vivo a esse homem, humilhando-o e dizendo-lhe horrores, ainda que ao ouvir sua repreensão, exteriormente, apenas nos desculpamos pelo erro e saímos calmamente de sua sala.
E por que isso ocorre?
Porque, devido ao ego, nossa vida emocional se fundamenta na auto-simpatia. Isso significa que só simpatizamos conosco mesmo, com nosso querido ego; e sentimos antipatia e até ódio daqueles que não simpatizam conosco.
O maior problema é que esta tagarelice interior causa muito sofrimento e desgaste psicológico a pessoa que fica nesta condição, pois lhe tira muita energia e acompanha-a todo o tempo.
Além disso, pode trazer problemas na esfera dos relacionamentos sociais também. Uma pessoa que alimenta essa tagarelice interior é como uma bomba que um dia pode explodir.
São conhecidos vários casos de pessoas que eram aparentemente calmas e caladas e, da noite para o dia, foram capazes de cometer terríveis atos de violência.
Então o que fazer em relação a isto?
Ora, já vimos que a tagarelice interior se deve à auto-simpatia, que nada mais é do que um defeito psicológico. Logo a única solução realmente efetiva para resolver isto é aplicar a morte psicológica.

Então quando sentirmos aquele sentimento desagradável que ocorre quando alguém diz ou faz algo que não gostamos, devemos imediatamente aplicar a morte psicológica.
Também devemos aplicar a morte psicológica quando surgirem em nossa mente os pensamentos de ódio, de dizer ou fazer algo a uma pessoa com a qual não simpatizamos.
Devemos também adotar uma nova atitude mental em relação a isto.
Necessitamos aprender a ver do ponto de vista alheio, assim como saber nos colocar no lugar das outras pessoas.
No exemplo que foi dado, analisando o caso do ponto de vista do patrão, ele agiu corretamente pois sua função é justamente coordenar os trabalhos na sua empresa.
Além disso, se nos colocarmos em seu lugar provavelmente faríamos a mesma coisa, uma vez que o patrão assim como nós, tem suas responsabilidades e precisa cumpri-las também.
A confusão mental é semelhante à tagarelice interior, pois também se processa na forma de diálogos e falas em nosso mundo psicológico, e também nos causa sofrimento e desgaste.
Mas a canção psicológica tem outros fundamentos que a originam, e freqüentemente é manifestada exteriormente (verbalmente).
A confusão mental está relacionada a nossa auto consideração, que se dá especialmente quando nos identificamos conosco mesmo.
Auto-consideração significa sentir piedade de si mesmo, é pensar que sempre nos portamos bem com todas as pessoas e estas não reconhecem isso, não nos dão o valor que achamos que temos, são ingratas, não retribuem os favores que fizemos, que nos devem algo, etc., etc.
Em resumo: no fundo nos consideramos ótimas pessoas que, de alguma forma, somos sempre vítimas das injustiças e maldades das demais pessoas e da sociedade.
Uma forma também muito comum de auto-consideração é se preocupar com o que as outras pessoas podem pensar de nós; talvez pensem que não somos pessoas honradas, sinceras, corretas, justas, etc.
Normalmente uma pessoa que esteja identificada consigo mesma, identificada com sua auto-consideração, tende a exteriorizar isto que está sentindo.
Então é quando surgem aquelas pessoas que sempre repetem as mesmas conversas (a mesma canção psicológica), nas quais revivem fatos passados onde julga que foi injustiçada por outras pessoas, que fez muitos favores a fulano e este não lhe deu o devido valor, que trabalhou muito em seu emprego e seu patrão não lhe paga o que realmente merece, que ajudou muito a beltrano e só recebeu ingratidão, etc.
Este tipo de pessoa repete sempre a mesma canção psicológica toda vez que encontra alguém disposto a ouvi-la e, no seu entender, de compreendê-la.
Com uma pessoa assim é praticamente impossível conversar, pois sempre o diálogo retorna ao mesmo ponto, ao mesmo assunto.
Se uma pessoa vive constantemente sofrendo pelo que lhe devem, pelo que lhe fizeram, pelas amarguras que lhe causaram, nada poderá crescer em seu interior.
Essas pessoas sentem normalmente uma grande tristeza interior, uma sensação de monotonia, um profundo aborrecimento, cansaço íntimo e frustração. É uma situação muito triste.
Porém, assim como a auto-simpatia, a auto-consideração também é um defeito psicológico que pode e deve ser eliminado através da morte psicológica.
Por isso esteja atento a sentimentos, pensamentos e comportamentos semelhantes ao que vimos sobre a confusão mental e a tagarelice interior.

O despertar Espiritual

Neste capítulo falaremos sobre o verdadeiro despertar da consciência, o qual juntamente com os temas do auto-conhecimento e da mudança interior, vem a ser o tópico principal deste livro.

Vamos estudar inicialmente os seguintes textos de Samael Aun Weor:
Toda a humanidade vive em um sono profundo.
Todo ser humano pode chegar à experiência da realidade. Todo ser humano tem direito às grandes vivências do espírito, a conhecer os reinos e nações das regiões moleculares e eletrônicas.
Todo aspirante tem direito a estudar aos pés do Mestre, a entrar pelas portas esplêndidas dos Templos de Mistérios Maiores, a conversar com os brilhantes filhos da aurora do Maha-Manvantara da criação face a face.

Contudo, tem-se que começar por despertar a consciência.
É impossível estar despertos nos Mundos Superiores se aqui neste mundo celular, físico, material, o aspirante está dormido. Quem quiser despertar a consciência nos mundos internos, deve despertar aqui e agora, neste mundo denso.
Se o aspirante não despertou consciência aqui neste mundo físico, muito menos nos mundos superiores.
Quem desperta consciência aqui e agora, desperta em todas as partes. Quem desperta consciência aqui neste mundo físico, de fato e por direito próprio, fica desperto nos Mundos Superiores.
O primeiro que se necessita para despertar consciência é saber que se está dormido.
Isso de compreender que se está dormido é algo muito difícil, porque normalmente todas as gentes estão absolutamente convencidas de que estão despertas.
Quando um homem compreende que está dormido, inicia então o processo do auto-despertar.
Estamos dizendo algo que ninguém aceita. Se a qualquer homem intelectual se lhe dissesse que está dormido, podeis estar seguro de que poderia ofender-se.
As gentes estão plenamente convencidas de que estão despertas.
As gentes trabalham dormidas, sonhando... manejam carros dormidas, sonhando... casam-se dormidas, vivem dormidas, sonhando... e não obstante, estão totalmente convencidas de que estão despertas.
Quem quiser despertar consciência aqui e agora, deve começar por compreender os três fatores subconscientes chamados: identificação, fascinação e sonho.

Todo tipo de identificação produz fascinação e sonho.
Nós vamos andando por uma rua, de repente se encontra com as turbas que vão protestar por algo ante o palácio do senhor Presidente.
Se não está em estado de alerta (auto-observação) identifica-se com o desfile, mescla-se com as multidões, fascina-se e a seguir vem o sonho: grita, lança pedras, faz coisas que em outras circunstâncias não faria, nem por um milhão de dólares.
Olvidar-se de si mesmo é um erro de incalculáveis consequências. Identificar-se com algo é o cúmulo da estupidez porque o resultado vem a ser a fascinação e o sonho.
É impossível que alguém possa despertar consciência se se deixa fascinar, se cai no sonho.
Já vimos em lições anteriores que nossa constituição psicológica de um modo geral é:

• 3% de Essência livre, porém adormecida.
• 97% de Essência adormecida aprisionada nos defeitos psicológicos.
Isto significa que não temos absolutamente nada de consciência desperta, e que vivemos adormecidos todo o tempo.
Mas podemos indagar:
Como posso estar adormecido se agora estou lendo este texto, se posso operar o computador, fazer os afazeres domésticos, etc?
Primeiramente precisamos entender as grandes diferenças entre consciência desperta e adormecida.
A primeira grande diferença é que uma pessoa desperta é autoconsciente, isto é, percebe todos seus processos internos. Isso significa que ela permanece em auto-observação continuamente, que não se identifica com as coisas e fatos externos.
Quando uma pessoa desperta consciência, ela desperta aqui no mundo físico e também nas outras dimensões da natureza, como por exemplo no mundo astral.
Por isso uma pessoa de consciência desperta não necessita praticar técnicas para se projetar em astral, ela naturalmente se projeta no momento que desejar, percebe como ocorre todo o processo do desdobramento astral e tem sobre si mesma o controle em qualquer dimensão que esteja.
Uma pessoa de consciência desperta consegue recordar sem esforço as suas existências anteriores, assim como conhecer também seu próprio destino, ter percepções e faculdades extraordinárias e ainda muito mais.
E uma pessoa de consciência adormecida, o que lhe ocorre?
Vamos fazer uma analogia em relação ao que vimos nos parágrafos acima.
Uma pessoa de consciência adormecida não é autoconsciente, isto significa que não consegue ou tem dificuldades em permanecer em auto-observação.
Uma pessoa que não despertou do sono da consciência está adormecida aqui e em todas as dimensões da natureza.
Temos o exemplo da projeção astral, que necessitamos utilizar certas técnicas para conseguirmos estar conscientes no mundo astral, onde na maior parte do tempo estamos adormecidos, simplesmente sonhando.
E se estamos adormecidos e sonhando no mundo astral é porque estamos adormecidos e sonhando aqui no mundo físico também, ou seja, não temos as percepções que uma pessoa desperta tem.
Por isso não é à toa que cometemos muitos erros, já que agimos, tomamos decisões, etc. com a consciência adormecida.
Quanto mais adormecida esteja a consciência, mais passíveis estamos de cometer erros.
Quanto mais adormecida esteja a humanidade em geral, mais veremos atos de violência, guerras, barbáries, etc.
Se os seres humanos tivessem pelo menos um pouco de consciência desperta as guerras seriam totalmente impossíveis.
Na verdade só a prática pode realmente nos mostrar e fazer entender essas diferenças.
Também é importante ter em conta que a natureza não dá saltos, e que o processo do despertar da consciência é lento e gradual como o crescer de uma árvore, e requer esforço contínuo para isso.
E como fazer para despertar a consciência?
Praticando o que aprendemos até agora, especialmente a auto-observação e a morte psicológica, e também o que iremos aprender na próxima lição: a meditação.

A morte psicológica e a meditação são os meios definitivos para o despertar da consciência.

A Meditação

Neste capítulo veremos, de uma forma bem simples e objetiva, como praticar a meditação e quais os enormes benefícios que podemos ter praticando-a regularmente.
Na lição anterior vimos algo sobre o que é o despertar da consciência, e as grandes diferenças que existem entre ter a consciência desperta e adormecida.
Vimos também que os meios efetivos para o despertar da consciência são a prática da morte psicológica e da meditação.
Aqui está então o principal objetivo de praticarmos a meditação: despertar nossa consciência, o que por si só nos faz pessoas totalmente diferentes do que somos, com diferentes capacidades, objetivos e percepções.
A prática da meditação remonta a tempos antiquíssimos e está representada em todas as grandes religiões do mundo como o budismo, hinduísmo, cristianismo, sufismo, judaísmo, taoísmo, etc.
Também a moderna Psicologia tem estudado e atestado que são muitos os benefícios advindos da prática da meditação.
A prática da meditação:
Primeiramente devemos escolher um local silencioso, arejado e limpo. O quarto de dormir é o ideal.
Depois devemos nos acomodar em uma posição confortável, na qual seja possível permanecer por um bom tempo sem se mover.
Pode-se se sentar com as pernas cruzadas ao estilo oriental ou deitar-se com a barriga para cima, as pernas esticadas e os pés unidos.
Após isso deve-se fazer o relaxamento de todo o corpo, e para isso usaremos a técnica que já vimos nas primeiras lições deste livro.

Feito isso, iremos utilizar o método descrito abaixo e passar a praticar a meditação propriamente dita.
Ao praticar a meditação entenda que seu único objetivo deve ser silenciar a mente, parar com sua agitação e com a sucessão de pensamentos que normalmente ocorre.
Quando se consegue alcançar o silêncio absoluto da mente, ou seja, a ausência total de pensamentos, é que experimentamos o Vazio Iluminador, o êxtase místico, a liberdade da alma.
Quanto mais se pratica a meditação mais a mente vai se aquietando, e mais perto estaremos de alcançar o Vazio Iluminador.
Não se preocupe em saber como deve ser o Vazio Iluminador ou qualquer coisa do tipo. Concentre-se apenas na técnica de meditação que você estiver fazendo.
Seu objetivo deve ser apenas silenciar a mente, nada mais. Os demais virão por acréscimo.
A mente é como um animal selvagem que precisa ser domado para obedecer.
Inclusive isto é simbolizado na passagem bíblica na qual o grande mestre Jesus entra em Jerusalém montado sobre o asno, o burrico.
Se quisermos entrar na Jerusalém celestial, nas dimensões superiores da natureza, devemos montar, domar e controlar o asno, ou seja, a mente.

O vício

Todo homem, que busca o despertar da consciência, deve continuadamente levantar templos à justiça e cavar masmorras ao vício.
Qualquer tipo de vício é devido aos nossos defeitos psicológicos, nossos eus.
Esses eus se mantêm vivos e alimentam-se cada vez que cedemos ao vício, seja fumando um cigarro, ingerindo álcool ou utilizando algum outro tipo de entorpecente ou substância alucinógena.
Embora não seja especificamente tratado aqui, outros vícios como o jogo, a prostituição, o fumo, etc., têm a mesma causa, efeito e solução.
O mais grave é que sempre que é alimentado o ego vai ficando mais forte e com isso tem maior poder de controle sobre o viciado, agindo em sua psique e sobre seu organismo, obrigando essa pobre pessoa a voltar a cair no vício e assim tornar a alimentar esse defeito.
É fácil concluir que isso vai se tornando uma “bola de neve”, um problema que inicialmente era pequeno se transforma em algo totalmente sem controle.
Por esse motivo é que as pessoas tornam-se viciadas apenas experimentando poucas quantidades no inicio, pois crêem que podem largar o vício tão logo queiram.
Isso é um grande erro, pois mesmo com essas pequenas quantidades o defeito psicológico já é criado e alimentado e, muito lentamente, vai se robustecendo e evolvendo sua vítima até que tenha o controle sobre essa pessoa.
Quando a pessoa se dá conta do problema o vício já está muito forte.
O álcool - alcoolismo é doença, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde e como tal deve ser tratada. O álcool traz terríveis conseqüências para o portador desta doença. Além dos conhecidos malefícios que vão desde cirrose à alucinação e loucura, o álcool também é desastroso para a parte espiritual, pois possui o poder de reviver os defeitos psicológicos que já foram eliminados através da morte psicológica.
O mais perigoso é que o álcool é tratado como algo sociável, sempre presente em reuniões, festas, comemorações e até mesmo dentro dos lares, sem distinção de classe social ou cultural. Por toda parte se infiltra muito sutilmente o uso do álcool.
Com isso vemos a cada ano as pesquisas indicarem que a idade média para a ingestão da primeira dose de bebida alcoólica pelos jovens é cada vez menor.
A seguir transcrevemos alguns trechos do livro O Mistério do Áureo Florescer:

“Resulta palmário e manifesto que o álcool tende a eliminar a capacidade de pensar independentemente, já que estimula, fatalmente, a fantasia, e de julgar serenamente, assim como debilita, espantosamente, o sentido ético e a liberdade individual.
Os ditadores de todos os tempos, os tiranos não ignoram que é mais fácil governar e escravizar um povo de beberrões que um povo de abstêmios.

É igualmente sabido que, em estado de embriaguez, pode-se fazer aceitar a uma pessoa qualquer sugestão e cumprir atos contra seu decoro e sentido moral. É demasiado notória a influência do álcool sobre os crimes.
As drogas - O problema das drogas é outro flagelo que atinge a humanidade, sobretudo a juventude.
Foram investidas gigantescas somas, mas nem os governos e nem a ciência conseguem encontrar uma solução para o problema que a cada dia torna-se mais grave e atinge a todas as classes.
Somente como aprenderemos nesta lição é que se poderá resolver esse problema de forma radical e definitiva.
O problema do vício é interno e psicológico e deve ser combatido nesse terreno.
Os efeitos da droga são tão devastadores como o do álcool, porém seus estragos são sentidos bem mais cedo.
Como se livrar radicalmente das drogas?
Felizmente dentro do ser humano existe um poder latente capaz de extirpar de seu interior qualquer tipo de vício.
Como você já deve estar imaginando, se o vício é devido aos defeitos psicológicos o meio para eliminá-lo é a morte psicológica.
Além da dependência psicológica que o vício acarreta, um outro problema para eliminar esses vícios de drogas, álcool, fumo, etc. é a dependência química, pois o organismo do viciado ficou condicionado a trabalhar com estas substâncias.
Por isso na maioria das vezes não é possível deixar o vício imediatamente, e nestes casos o mais indicado é combinar o trabalho da morte psicológica com a redução gradual da substância do qual se é dependente.
O que se necessita é que a pessoa realmente queira mudar e passe a se dedicar a isso imediatamente e continuadamente.


O Auto-Engano

Nesta lição aprenderemos que muitas vezes temos um comportamento equivocado e que acreditamos (ou queremos acreditar) estarmos agindo de forma correta.
A esse tipo de auto-engano damos o nome de sofismas, e que devido a nossa inconsciência, acaba por nos prejudicar ou mesmo impedir nosso trabalho de despertar da consciência, assim como podem também fazer com que prejudiquemos outras pessoas ao nosso redor.
O texto abaixo, retirado do livro “A Revolução da Dialética”, nos explica muito bem o que são os sofismas de distração:
“Sofismas são os falsos raciocínios que induzem ao erro. São gerados pelo Ego nos 49 níveis do subconsciente.
O subconsciente é o sepulcro do passado sobre o qual arde a fátua chama do pensamento e onde são gerados os sofismas de distração que levam o animal intelectual à fascinação e por fim ao sonho da consciência.

Aquilo que está guardado no sepulcro é podridão e ossos de mortos. Porém, a louça sepulcral é muito bonita e sobre ela arde fatalmente a chama do intelecto.
Se quisermos dissolver o eu, teremos que destapar o sepulcro do subconsciente e exumar todos os ossos e a podridão do passado.
Muito bonito é o sepulcro por fora, porém por dentro é imundo e abominável. Precisamos nos tornar coveiros.
Insultar a outrem, ferí-lo em seus sentimentos, humilhá-lo, é coisa fácil quando se trata - dizem - de corrigí-lo para o seu próprio bem.
Assim pensam os iracundos, aqueles que julgando não odiar, odeiam sem saber que odeiam.
Muitas são as pessoas que lutam na vida para serem ricas.
Trabalham, economizam e se esmeram em tudo, porém a mola secreta de todas as suas ações é a inveja secreta, que elas desconhecem, porque não sai à superfície e que permanece escondida no sepulcro do subconsciente
É difícil achar na vida alguém que não inveje a bonita casa, o flamejante automóvel, a inteligência do líder, o belo traje, a boa posição social, a grande fortuna, etc.
Quase sempre os melhores esforços dos cidadãos têm como mola secreta a inveja.
Muitas são as pessoas que gozam de um bom apetite e condenam a gula, porém comem sempre muito além do normal
Muitas são as pessoas que vigiam exageradamente o cônjuge, porém condenam os ciúmes.
Muitos são os estudantes de certas escolas pseudo-esotéricas e pseudo-ocultistas que condenam as coisas deste mundo e não trabalham em nada porque tudo é vaidade, porém são tão zelosos de suas virtudes que jamais aceitam que alguém os qualifique de preguiçosos.
Muitos são os que odeiam a lisonja e o elogio, mas não vêem inconveniente algum em humilhar com sua modéstia o pobre poeta que lhes dedicou um verso com o único propósito de conseguir uma moeda para comprar um pão.
Muitos são os juízes que sabem cumprir com seu dever, mas também são muitos os juízes que com a virtude do dever têm assassinado os outros.

Foram numerosas as cabeças que caíram na guilhotina da revolução francesa.

Os verdugos cumprem sempre com seu dever. Já são milhões as vítimas inocentes dos verdugos e nenhum deles se sente culpado; todos cumprem com seu dever.
As prisões estão cheias de inocentes, mas os juízes não se sentem culpados porque estão cumprindo com seu dever.
O pai ou a mãe de família, cheio de ira, açoitam e batem com paus em seus pequenos filhos e não sentem remorsos porque - dizem - estão cumprindo com seu dever; aceitariam tudo menos que se os qualificassem de cruéis.
Só com a mente quieta e silenciosa, submergidos em profunda meditação, conseguiremos extrair do sepulcro do subconsciente toda a podridão secreta que carrega. Não é nada agradável ver a negra sepultura com todos seus ossos e podridão do passado.
Não digamos meu eu tem inveja, ódio, ira, ciúmes, luxúria, etc. Melhor é não nos dividirmos. Melhor é dizer; eu tenho inveja, ódio, ciúmes, ira, luxúria, etc.
Quando estudamos os livros sagrados da Índia, nos entusiasmamos pensando no Supremo Brahatman e na união do Atman com o Brahatman.

Porém, realmente, enquanto existir um eu psicológico com seus sofismas de distração, não conseguiremos a sorte de nos unirmos com o Espírito Universal da Vida.

“Morto o eu, o Espírito Universal da Vida estará em nós como a chama na lâmpada.”
Como visto acima, os autos enganos são gerados pelos nossos defeitos psicológicos, pelo ego, com a finalidade de manter nossa consciência adormecida, e assim continuar vivo e forte, alimentando-se de nossos erros.
Realmente o ego sabe que quando uma pessoa começa a se auto- conhecer, a tomar consciência de que é uma marionete na mão dos defeitos psicológicos, ele é ferido mortalmente, pois é o principio do fim de seu reinado.
Por isso você pode ter a mais absoluta certeza de que o ego fará todo o esforço possível para tentar iludir esta pessoa, usará tudo o que estiver ao seu alcance para desviá-la do caminho do despertar da consciência e assim mantê-la fascinada e ocupada com as coisas passageiras da existência cotidiana.
Vidas passadas e acontecimentos presentes
Neste capítulo estudaremos duas leis mecânicas da natureza as quais todos estamos submetidos, e que são responsáveis por passarmos várias existências sucessivas repetindo os mesmos fatos, as mesmas ações, reencontrando as mesmas pessoas, etc.
Essas leis estão diretamente relacionadas com os fatos de nossas existências passadas e da presente.
São as leis de Retorno e Recorrência.
Abaixo veremos um capítulo do livro “Tratado de Psicologia Revolucionária” que nos explica muito bem como funcionam estas duas leis e o que precisamos fazer para transcendê-las:
“Um homem é o que é sua vida; se um homem não modifica nada dentro de si mesmo, se não transforma radicalmente sua vida, se não trabalha sobre si mesmo, está perdendo seu tempo miseravelmente.
A morte é o regresso ao próprio começo de sua vida, com a possibilidade de repeti-la novamente.
Muito se disse na literatura pseudo-esotérica e pseudo-ocultista sobre o tema das vidas sucessivas; melhor é que nos ocupemos das existências sucessivas.
A vida de cada um de nós, com todos os seus tempos, é sempre a mesma, repetindo-se de existência em existência, através dos inumeráveis séculos. Inquestionavelmente, continuamos na semente de nossos descendentes, isto é algo que já está demonstrado.
A vida de cada um de nós, em particular, é um filme vivo que ao morrer levamos para a eternidade.
Cada um de nós leva seu filme e torna a trazê-lo para projetá-lo outra vez na tela de uma nova existência.
A repetição de dramas, comédias e tragédias é um axioma fundamental da Lei de Recorrência. Em cada nova existência se repetem sempre as mesmas circunstâncias. Os atores de tais cenas, sempre repetidas, são essa gente que vive em nosso interior, os "Eus"
Se desintegramos esses atores, esses eus que originam as sempre repetidas cenas de nossa vida, então a repetição de tais circunstâncias se faria algo mais que impossível.
Obviamente, sem atores não pode haver cenas; isto é algo irrebatível, irrefutável. Assim é como podemos libertar-nos das Leis de Retorno e Recorrência, assim podemos fazer-nos livres de verdade.
Obviamente, cada um dos personagens (eus) que em nosso interior levamos repete, de existência em existência, seu mesmo papel.

Se o desintegramos, se o ator morre, o papel termina.
Refletindo seriamente sobre a Lei de Recorrência, ou repetição das cenas em cada Retorno, descobrimos, por auto-observação íntima, os mecanismos secretos desta questão.
Se na existência passada, na idade de vinte e cinco anos, tivemos uma aventura amorosa, é indubitável que o eu de tal compromisso buscará a mulher de seus sonhos aos vinte e cinco anos da nova existência.
Se a dama em questão só tinha então quinze anos, o "eu" de tal aventura buscará seu amado na mesma idade na nova existência.
Resulta claro compreender que os dois "eus", tanto o dele como o dela, buscam-se telepaticamente e se reencontram novamente, para repetir a mesma aventura da existência passada.
Dois inimigos que lutaram até a morte na passada existência se encontrarão outra vez na nova existência, para repetir sua tragédia na idade correspondente.
Se duas pessoas tiveram uma disputa por bens de raiz, na idade de quarenta anos na existência passada, na mesma idade se buscarão telepaticamente na nova existência, para repetir o mesmo.
Dentro de cada um de nós vivem muitas pessoas cheias de compromissos. Isso é irrefutável. Um ladrão leva em seu interior um covil de ladrões, com diversos compromissos delituosos. O assassino leva dentro de si mesmo um verdadeiro clube de assassinos e o luxurioso porta, em sua psique, uma "casa de encontros".
O grave de tudo isso é que o intelecto ignora a existência de tais pessoas ou eus dentro de si mesmo e de tais compromissos que fatalmente vão se cumprindo.
Todos esses compromissos dos eus que moram dentro de nós acontecem sob a nossa razão.
São fatos que ignoramos; coisas que nos sucedem; acontecimentos que se processam no subconsciente e inconsciente.
Realmente temos a ilusão de fazer, mas nada fazemos, nos acontece. Isto é fatal, mecânico.
Nossa personalidade é tão só um instrumento de diferentes pessoas (eus), mediante a qual cada uma dessas pessoas (eus) cumpre seus compromissos.

Por baixo da nossa capacidade cognitiva sucedem muitas coisas e desgraçadamente ignoramos o que se passa por baixo de nossa pobre razão.
Cremo-nos sábios, quando em verdade nem sequer sabemos que não sabemos. Somos míseros troncos arrastados pelas embravecidas ondas do mar da existência.
Sair desta desgraça, desta inconsciência, do estado tão lamentável em que nos encontramos, só é possível morrendo em nós mesmos.

A escravidão psicológica

Vamos começar este capítulo estudando o seguinte texto, retirado do livro “A Revolução da Dialética”:
“A escravidão psicológica destrói a convivência. Depender psicologicamente de alguém é escravidão.
Se nossa maneira de pensar, sentir e obrar depende da maneira de pensar, sentir e obrar daquelas pessoas que convivem conosco, então estamos escravizados.
Constantemente, recebemos cartas de muita gente desejosa de dissolver o eu, porém queixam-se da mulher, dos filhos, do irmão, da família, do marido, do patrão, etc. Essas pessoas exigem condições para dissolver o eu.
Querem comodidades para aniquilar o Ego, reclamam magnífica conduta daqueles que com eles convivem.
O mais gracioso de tudo isto é que essas pobres pessoas buscam as mais variadas evasivas: querem fugir, abandonar o lar, o trabalho, etc. - dizem que - para se realizarem a fundo.
Pobre gente... seus adorados tormentos são seus amos. Naturalmente, essas pessoas não aprenderam a ser livres, sua conduta depende da conduta alheia.
Se quisermos seguir a senda da castidade e aspiramos a que primeiro a mulher seja casta, então estamos fracassados.
Se quisermos deixar de ser bêbados, porém nos afligimos quando nos oferecem o copo, por causa daquilo que dirão ou porque a recusa possa incomodar nossos amigos, então jamais deixaremos de ser bêbados.
Se quisermos deixar de ser coléricos, irascíveis, iracundos, furiosos, porém como primeira condição exigimos que aqueles que convivem conosco sejam amáveis e serenos e que nada façam que nos irrite, estamos bem fracassados, sim, porque eles não são santos e a qualquer momento acabarão com as nossas boas intenções.
Se quisermos dissolver o eu, precisamos ser livres.
Quem depender da conduta alheia não poderá dissolver o eu.
Temos de ter nossa própria conduta e não depender de ninguém.

Nossos pensamentos, sentimentos e ações devem fluir independentemente de dentro para fora.
As piores dificuldades nos oferecem as melhores oportunidades.

No passado, existiram sábios rodeados de todo tipo de comodidade; sem dificuldades de espécie alguma.
Esses sábios querendo aniquilar o eu, tiveram de criar situações difíceis para si mesmos.
Nas situações difíceis, temos oportunidades formidáveis para estudar nossos impulsos internos e externos, nossos pensamentos, sentimentos, ações, nossas reações, volições, etc.
A convivência é um espelho de corpo inteiro onde nos podemos ver tal como somos e não como aparentemente somos.
A convivência é uma maravilha. Se estivermos bem atentos, poderemos descobrir a cada instante nossos defeitos mais secretos. Eles afloram, saltam fora, quando menos esperamos.
Conhecemos muitas pessoas que diziam: Eu não tenho mais ira... e à menor provocação trovejavam e faiscavam.
Outros dizem: Eu não sinto mais ciúmes - porém basta um sorriso do cônjuge a qualquer vizinho ou vizinha para os seus rostos se tornarem verdes de ciúmes.
As pessoas protestam contra as dificuldades que a convivência lhes oferece. Não querem se dar conta de que essas dificuldades, precisamente elas, estão lhe brindando todas as oportunidades necessárias para a dissolução do eu.
A convivência é uma escola formidável. O livro dessa escola tem muitos tomos, o livro dessa escola é o eu.
Necessitamos ser livres de verdade se é que realmente queremos dissolver o eu. Não é livre quem depende da conduta alheia.
Só aquele que se faz livre de verdade sabe o que é o amor. O escravo não sabe o que é o verdadeiro amor.
Se formos escravos do pensar, do sentir e do fazer dos demais, nunca saberemos o que é o amor.
O amor nasce em nós quando acabamos com a escravidão psicológica.
Temos de compreender profundamente e em todos os terrenos da mente esse complicado mecanismo da escravidão psicológica.
Existem muitas formas de escravidão psicológica. É necessário estudar-se todas elas se é que realmente queremos dissolver o eu.
Existe escravidão psicológica não só no interno como também no externo. Existe a escravidão íntima, a secreta, a oculta, da qual não suspeitamos sequer remotamente.
O escravo pensa que ama quando na verdade só está temendo. O escravo não sabe o que é o verdadeiro amor.
A mulher que teme a seu marido pensa que o adora quando na verdade só o está temendo.
O marido que teme a sua mulher pensa que a ama quando na realidade o que acontece é que a teme.
Pode ser que tema que se vá com outro, que seu caráter se torne azedo, que o recuse sexualmente, etc.
O trabalhador que teme ao patrão pensa que o ama, que o respeita, que vela por seus interesses, etc.
Nenhum escravo psicológico sabe o que é amor; a escravidão psicológica é incompatível com o amor.
Existem duas espécies de conduta: a primeira é a que vem de fora para dentro e a segunda é a que sai de dentro para fora.
A primeira é o resultado da escravidão psicológica e se origina por reação. Nos pegam e pegamos, nos insultam e respondemos com grosserias.
O segundo tipo de conduta é melhor, é o tipo de conduta daquele que já não é escravo, daquele que nada mais tem que ver com o pensar, o sentir e o fazer dos demais.
Tal tipo de conduta é independente, é conduta reta e justa.
Se nos pegam, respondemos abençoando. Se nos insultam, guardamos silêncio.
Se quiserem nos embriagar, não bebemos ainda que nossos amigos aborreçam-se, etc.
Os leitores podem agora compreender porque a liberdade psicológica traz este sentimento que se chama amor.
Este texto nos fala sobre algumas dificuldades que nós mesmos colocamos em nosso caminho, e que são um sério obstáculo para a mudança interior:

• Ter um comportamento que depende da vontade dos outros e não de nossos próprios princípios.
• Ora, se queremos mudar temos que seguir nossos princípios, fazer o que achamos ser o correto.
• Porém é muito comum que algumas pessoas que vivem ao nosso redor e que não estão interessadas em mudar a si mesmas, incomodem-se quando nós deixamos de ser o que éramos, querem que não mudemos também, que continuemos a ser os mesmos de antes, que voltemos a fazer as mesmas coisas. A nós, como sempre, nos resta escolher entre as duas conhecidas opções: Ser ou não Ser?
• Fugir das situações difíceis que ocorrem em nossa vida, e que são importantes para o autoconhecimento e a mudança interior. Este provavelmente seja um dos maiores obstáculos para a mudança interior.
• Evidentemente ninguém gosta de passar por situações desagradáveis, no entanto são nestas situações em que descobrimos nossos maiores defeitos, os defeitos que precisamos eliminar com maior urgência para elevarmos nosso nível do Ser.
Se nos habituamos a fugir das situações difíceis seremos sempre escravos psicológicos, e não poderemos provocar em nós mesmos uma verdadeira mudança.
Ante as situações desagradáveis teremos que escolher entre enfrentar a nós mesmos ou simplesmente fugir de nós mesmos.

Mais uma vez existem apenas duas opções: Ser ou não Ser.

Por isso escreveu Nietzsche: “O pior inimigo que você poderá encontrar será sempre você mesmo”.

Evolução e involução

Neste capítulo veremos as leis de evolução e involução, que são mais duas leis mecânicas da natureza as quais estamos submetidos. Podemos notar a ação desta lei nos seres humanos observando desde que nasce a criança, seu crescimento, desenvolvimento, velhice e morte.
Se observarmos em outros seres, veremos que ocorre a mesma coisa, por exemplo, com as plantas.
Após um ciclo evolutivo sempre sucede um ciclo involutivo. Essa é a lei.
Porém, como veremos nas linhas abaixo, podemos transcender essas leis mecânicas da natureza com o trabalho do despertar da consciência. Antes porém, para uma melhor compreensão, veremos alguns novos conceitos sobre as dimensões da natureza e sobre de onde viemos.
Deus é o absoluto. Existência única de onde emana toda a criação, mundos, seres, leis da natureza que abrangem os 4 reinos :mineral, vegetal, animal e humano. É nele e somente nele que reside tudo que existe nos universos manifestados físicos e extra-físicos.
Essa lei regula todos os processos evolutivos e involutivos da criação nos planetas.
Toda a criação, mundos, galáxias, etc., provém do que chamamos Absoluto.
Não é fácil de compreender algo tão vasto e além da mente humana, mas por hora é suficiente entender o Absoluto como o ponto de origem e retorno de toda a criação, algo que está além do bem e do mal e onde reina a legítima felicidade e harmonia divinas.
Do Absoluto originam as várias dimensões ou regiões da natureza.
Estas dimensões são mundos paralelos que se penetram e compenetram sem se confundirem, cada qual com suas próprias leis.
As dimensões são em número de 7.
Os exemplos de dimensões mais próximos da nossa realidade (talvez seria melhor dizer “capacidade de percepção”) são a terceira dimensão, na qual existe o nosso mundo físico, e a quinta dimensão na qual existe o mundo astral, que já tanto falamos neste livro.
As Mônadas, que constituem as essências, saem do Absoluto para terem consciência das dimensões e de sua própria felicidade.
A isto chamamos de Auto Realização Íntima do Ser. Mônada é o mesmo que Ser, o Real Ser ou Pai.
Cada um de nós tem seu próprio Ser Real ou Pai, que é o nosso Deus ou Mestre individual e é o que realmente somos.
“Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.”
Jesus Cristo (Mateus – 6,6).
O Real Ser envia através das dimensões sua Essência ou alma para que ela faça o trabalho que lhe corresponde, o trabalho da Auto Realização Íntima do Ser.
Já vimos que nós somos a Essência, somos uma das partes divinas de nosso Real Ser.
Nossa Mãe Divina é outro desdobramento ou parte de nosso Real Ser.
Nosso Real Ser nos impulsiona para que cheguemos a obter o conhecimento necessário para a Auto Realização, para fazer o nosso trabalho, para buscar algo superior.
Por isso que há algo que não vemos e nem entendemos direito, mas simplesmente temos uma vontade quase irresistível de buscar algo superior.
É o Real Ser de cada um que impulsiona sua Essência a trabalhar, a buscar esse conhecimento.
O problema é que nos esquecemos disso porque estamos com a consciência adormecida e fascinada pelas coisas passageiras e ilusórias deste mundo, e não fazemos a vontade de nosso Pai.
O resultado é que criamos e alimentamos o ego, e este por sua vez nos afasta do Pai cada vez mais.
O resultado é dor, ignorância, miséria e sofrimento. Ao contrário quando fazemos a vontade do Pai tudo caminha harmoniosamente.
Toda Essência que chega ao mundo físico começa sua evolução pelo reino mineral. Todo mineral, rocha, cristal, etc, é o corpo físico de um elemental. É o começo do ciclo evolutivo.
Essência e elemental são basicamente sinônimos, mas utilizamos o termo Essência para a alma que está no reino humano e elemental para a alma que esta nos outros reinos (mineral, vegetal e animal).
Esse elemental é instruído por seres superiores cuja função é encaminhar esses elementais sabiamente através dos reinos no seu processo de evolução. Esses seres são chamados de Devas da natureza.
Quando chegam ao reino humano os elementais, que passaremos a chamar de Essência, novamente necessitam de instrutores para seguir evoluindo no caminho da Auto Realização.
Os instrutores são agora chamados de Avataras, autênticos Mestres de sabedoria que já fizeram ou estão bastante avançados no trabalho da Auto Realização, por isso são os únicos que nos podem instruir.
Através dos tempos podemos citar grandes avataras como Jesus, o Cristo, Krishina, Buda, Hermes Trismegisto, Pitágoras, entre outros.
Estes avataras vieram ao mundo físico para ensinar a doutrina da Auto Realização. Muitas pessoas aceitaram. Muito mais ainda nada quiseram fazer por si mesmos.
Quando um mestre parte a doutrina original é pouco a pouco adulterada pelos homens e o conhecimento se perde. Por isso em cada época foi (e é) necessário a vinda de um avatara para instruir a humanidade.
A todas as pessoas são concedidas 108 existências para que façam seu trabalho. Isto está simbolizado nas 108 contas do colar do Buda.
Se nessas 108 existências a Essência não se auto-realizar, entra no processo de involução. Passa a fazer o caminho inverso. Começa pelo reino animal e continua involuindo até o reino mineral. É o ciclo involutivo.
No ciclo involutivo, este processo é necessário para que o ego criado e alimentado seja dissolvido nas infra-dimensões da natureza. É um processo extremamente lento e doloroso.
A expressão conhecida “ir para o inferno” não é outra coisa, senão, sair do ciclo evolutivo.
Quanto mais forte está o ego da pessoa mais tempo levará para ser desintegrado.
As infra-dimensões estão relatadas de forma simbólica no livro “A Divina Comédia” de Dante Alighieri. É o que conhecemos por inferno, palavra que por sua vez vêm do latim infernus, que significa inferior.
Ao terminar a involução no reino mineral o ego é desintegrado. Esta é a segunda morte citada na Bíblia.
Os Devas, então, examinam o elemental para que possam colocá-lo novamente no processo evolutivo que se iniciará, como já vimos, pelo reino mineral e chegará ao humano, para que se cumpra a Lei de Deus.
Amor, Verdade e Justiça.
Com isso a Roda do Samsara completou uma volta, ou seja, ocorreu um ciclo evolutivo-involutivo.
Mais 108 existências terá a Essência para que faça seu trabalho de Auto Realização.
Porém a Roda do Samsara gira 3000 vezes para cada Essência. Após o último giro todas as portas estarão fechadas.
O Real Ser então recolherá sua essência que retornará sem conseguir a Auto Realização, fracassado, para o Absoluto.
Concluímos então que temos 108 X 3000= 324000 existências para fazer nosso trabalho.
O problema é que somos muito antigos, passamos muitas vezes pelos processos involutivos e evolutivos, e não sabemos quantas existências nos restam.
Felizmente podemos desintegrar o ego aqui e agora e escapar do processo involutivo.
É para isso que existe disponibilizado a toda criatura humana o trabalho da morte psicológica, base para a Auto Realização Íntima do Ser, e que vimos em detalhes neste livro.
A escolha é de cada um.
Desintegramos o ego voluntariamente e seguimos em direção ao Pai e a sabedoria, ou então entramos no processo involutivo até a segunda morte. Mais uma vez temos que escolher: Ser ou não Ser?

Revolução da Consciência

Até os capítulos anteriores temos aprendido que nosso objetivo principal era nos auto-conhecer e, através da morte psicológica, elevar nosso nível do Ser e despertar a consciência, provocando assim uma grande mudança em nós mesmos.

Já na lição anterior, que foi sobre Evolução e involução, aprendemos coisas mais avançadas, como as dimensões da natureza, o nosso Real Ser e sobre o objetivo de vivermos neste mundo, ou seja, a Auto Realização Íntima do Ser.

Dizemos isso para esclarecer que tudo que aprendemos até agora sobre o morrer psicológico e elevar o nível do Ser vêm a ser justamente um dos

Três Fatores de Revolução da Consciência, que é o tema deste capítulo.
O termo “revolução da consciência” significa uma mudança radical da consciência provocada por nós mesmos, através de um trabalho e esforço conscientes.

Para se fazer a Auto Realização Íntima do Ser é fundamental se trabalhar equilibradamente com os seguintes três fatores:

1 – O Morrer ou morte dos defeitos psicológicos.

É a chamada morte mística ou psicológica, que estudamos detalhadamente no decorrer de capítulos anteriores.

Convém deixar claro que este fator Morrer não têm nenhuma relação com a morte física ou com o morrer do corpo físico. É algo exclusivamente psicológico e interior.

2 - O Nascer.

Corresponde à sábia manipulação da incrivelmente e poderosa energia criadora, conhecida e estudada, de forma velada, entre os povos grego, egípcio, chinês, caldeu, indiano, tibetano, persa, etc.

Alguns termos que se referem ao Nascer são Pedra Filosofal, Alquimia (transmutação do chumbo da personalidade no ouro do Espírito), Magia Sexual, Supra-sexo, etc. Este é um tema mais avançado que não é abordado neste livro.

Limitaremos a deixar para reflexão uma advertência do grande mestre Jesus, o Cristo:

"Em verdade, em verdade te digo: Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus." João 3:5.

3 - Sacrifício pela humanidade.

A palavra sacrifício é a junção das palavras sacro (sagrado) e ofício. Logo significa um trabalho superior ou mesmo divino.

O terceiro fator de revolução da consciência é a entrega dos conhecimentos necessários para se fazer a revolução da consciência, ou seja, dos Três

Fatores de Revolução da Consciência, a todas as pessoas que queiram conhecê-lo, sem distinção ou discriminação de qualquer espécie, sem exigir ou mesmo esperar nada em troca.

Disso temos vários exemplos em toda a história. Temos o exemplo de vários Mestres ou Avataras que entregaram esse conhecimento aos povos de suas épocas através de pregações, escritos, livros, escolas que fundaram, etc. sem jamais exigir algo em troca.

Cobrar por algo que é universal, que é um legado divino a todos os seres humanos, é um absurdo para o qual não existe justificativa.

Existem várias formas de se sacrificar pela humanidade:
• Ensinando esse conhecimento às pessoas com as quais convivemos diariamente e que se interessem pelo assunto, porém nunca se esquecendo que devemos sempre respeitar o livre arbítrio de todos.
• Recebendo e praticando esses ensinamentos, pois assim, naturalmente, servimos de exemplo para os demais.

Também podemos concluir que o contrário de sacrificar-se pela humanidade é sacrificar a humanidade.

Por isso nunca devemos:

• Jamais, em hipótese alguma, cobrar ou mesmo esperar algo em troca pela entrega desse conhecimento.
• Receber esse conhecimento e não praticá-lo. Isso inevitavelmente, ainda que tentemos disfarçar, em algum momento será descoberto na forma de más ações e exemplos e isso somente ajudará a desencorajar as pessoas a praticar esses ensinamentos.
• Ocultar as fontes onde sabemos que as pessoas podem obter esse conhecimento.
• Ingerir, oferecer ou comercializar bebidas alcoólicas e muito menos substâncias alucinógenas e entorpecentes. Já vimos os malefícios que isso causa.


As leis de Carma e Darma

Neste capítulo aprenderemos sobre duas leis superiores, e é muito importante entender como essas leis funcionam para que possamos saber o que fazer para conduzir nossas vidas em harmonia com as forças superiores.

Qualquer ato seja este bom ou mal, tem a sua conseqüência. Se praticarmos o bem a conseqüência será boa para nós, se temos uma má conduta as conseqüências serão ruins.

Não existe efeito sem causa e nem causa sem efeito.

E para julgar nossas ações existem seres de consciência totalmente desperta, que são os responsáveis para levar a cabo este trabalho. Estes seres constituem o Tribunal de Justiça Divino, cuja função é pesar nossas boas e más ações e aplicar de forma justa a sentença, a conseqüência de nossas ações.

O Tribunal de Justiça Divino

Esse Tribunal é formado pelo regente Anúbis e seus 42 juízes.
Nas pirâmides do Egito foram encontradas várias ilustrações do Tribunal da Justiça Divina.

Nestas ilustrações o regente Anúbis é representado por um homem com a cabeça de chacal e os 42 juízes são simbolizados por diversos animais. Anúbis, na tradição egípcia, é o juiz que pesa o coração dos mortos e aplica a pena correspondente.

A Lei Divina tem como base o Amor, a verdade e a Justiça que se assenta na misericórdia. A justiça sem misericórdia é tirania. A misericórdia sem justiça é tolerância, complacência com o erro.

Se ao pesar nossas ações em uma balança, o prato das boas ações estiver mais pesado o resultado será um Darma, que é uma recompensa pelas boas obras que fazemos.

O Darma (do sânscrito Dharma) significa também realidade ou ainda virtude.

Se ocorrer o contrário, se o prato das más ações estiver mais pesado, o resultado será um Carma para nós, ou seja sofrimento, dor, adversidades, etc.

A palavra de origem sânscrita Karma significa ação. Podemos entendê-la como lei de ação e conseqüência.

Existem vários tipos de Carma:

Individual: quando é aplicado especificamente a uma pessoa. Por exemplo, no caso de uma doença.

Nem todo sofrimento ou acontecimento ruim é cármico, pois devido a nossa inconsciência podemos causar diretamente nosso próprio sofrimento. Ex: Uma pessoa que atravessa uma rua sem a devida atenção sendo atropelada.

Familiar: quando é aplicado de tal forma que afeta toda uma família. Por exemplo, no caso de se ter um membro da família que é viciado em drogas. Isto traz sofrimento para todos ao redor.

Regional: quando é aplicado em determinada região. Temos como exemplo as secas, enchentes ou outras adversidades climáticas que ocorrem em determinados lugares e regiões.

Nacional: é uma ampliação do carma regional. Temos o exemplo de países que são assolados pela guerra, ditaduras, misérias, desastres naturais, etc.
Mundial: quando aplicado a toda humanidade. Temos o exemplo das guerras mundiais e, atualmente, vemos a imensa degradação e a progressiva escassez dos recursos naturais, grandes desastres naturais, epidemias, etc.

Neste momento não poderíamos deixar de alertar que estão ocorrendo grandes transformações em nosso mundo.

Katância: é o carma mais rigoroso, que é aplicado aos Mestres, que apesar de suas inúmeras perfeições, podem cometer erros e ser penalizados.

Kamaduro: que é o carma aplicado a erros graves, assassinatos, emboscadas, torturas, etc. Esse tipo de karma não é negociável e quando é aplicado vai inevitavelmente até as suas consequências finais.

Karmasaya: esse carma também não é negociável e é aplicado quando a pessoa comete adultério.

Nas escrituras sagradas está escrito que “todo pecado será perdoado, menos os pecados contra o Espírito Santo”, e esse pecado é o adultério. Mas o que é considerado adultério perante a Justiça Divina?

Perante a Lei Divina quando duas pessoas se unem sexualmente elas estão casadas nos mundos internos (independente de serem casadas pelas leis físicas).

Portanto se a pessoa tem mais de um/a parceiro sexual em um determinado espaço de tempo (menos de um ano), essa pessoa comete adultério e lança Carma sobre suas costas.

Mais ainda, quando duas pessoas se unem sexualmente, por estarem internamente casadas, seus Carmas se somam e tornam-se comum as duas pessoas.

E se uma dessas duas pessoas tiver outra relação sexual com uma terceira pessoa, essa última terá o Carma das três pessoas.

Sabendo disso podemos então fazer uma idéia de como é grave a situação cármica de toda a humanidade.

Como foi dito acima as bases da Lei Divina são a justiça e a misericórdia. Isso significa que, por mais duro que seja nosso carma, podemos pagá-lo com boas obras e então não necessitaremos sofrer.

“Quando uma lei inferior é transcendida por uma lei superior, a lei superior lava a lei inferior.”

“Faze boas obras para que pagues tuas dívidas. Ao leão da lei se combate com a balança.”

“Quem tem com que pagar, paga e sai bem em seus negócios; quem não tem com que pagar, pagará com dor.”

Se no prato da balança cósmica colocamos as boas obras e no outro as más, é evidente que o Carma dependerá de qual prato estará mais pesado. Todos nós somos grandes devedores, seja devido aos nossos atos desta ou de passadas existências.

Por isso é urgente que mudemos nossa conduta diária.

Ao invés de protestarmos por estarmos em dificuldades, devemos sim procurar ajudar aos demais.

Ao invés de protestarmos por estarmos doentes, devemos dar medicamentos aos que não podem comprá-los, levar ao médico os que não podem ir, etc.

Ao invés de reclamarmos das pessoas que nos caluniam, devemos aprender a ver o ponto de visto alheio e abandonar de uma vez a calúnia, as intrigas, as reclamações, etc.

Nosso carma pode ser perdoado se eliminarmos a causa de nossos erros, de nossa ira, de nossa inveja, de nosso orgulho, etc.

A causa de nossos erros e, por conseguinte, de nosso sofrimento é o ego, nosso defeitos psicológicos..

O mundo seria um paraíso se as pessoas eliminassem de si mesma essas abominações inumanas.

Não é possível ter uma conduta reta se somos manipulados pelos defeitos psicológicos.

Conforme vamos eliminando nossos próprios defeitos o carma referente a tal ou qual defeito vai sendo perdoado. Isto é a misericórdia.
Nunca devemos protestar contra nossa situação cármica, pois isso só vem a agravá-la.

O Carma é um remédio que nos aplicam para que vejamos nossos maiores defeitos e que normalmente são a causa de nosso sofrimento.

Deus

Deus Criador - Pai

Deus é a causa primeira de todas as coisas. Não há vida, realidade, inteligência no Universo, senão pela vontade de Deus. O Criador.

O entendimento que os homens têm de Deus, como criador e mantenedor do Universo não está pronto nem é definitivo, está em constante evolução. O conceito de Deus modifica-se com o tempo, resultado de ampliações sucessivas de um conceito inicial, que destacaram aspectos diferentes de Deus não considerados até então, e, também, de visões contraditórias que expuseram as limitações de explicações utilizadas em determinado momento.

A compreensão de Deus, alcançada por uma pessoa é a possível em face do seu conhecimento e do conhecimento do seu grupo social.

A tradição judaico-cristã é um exemplo. Moisés alcançou a idéia de um Deus que, não sendo mais voluntarioso, estabelecia um contrato, um conjunto de regras a serem obedecidas pelo seu povo. Amós compreendeu que a relação de Deus com o homem seria, embora severa, justa (Deus de justiça). Oséas afirmou que Deus, na sua severidade, sabia perdoar os erros de seus filhos (Deus de perdão). Isaías compreendeu que o Deus de Israel era o mesmo de toda a humanidade (Deus único). E Jesus traduziu em ações que todos são iguais perante Deus, e que o amor é a relação básica entre Deus e suas criaturas (Deus de amor).

A visão histórica mostra que vários conceitos de Deus, aceitos em um determinado período, foram sendo abandonados na medida em que deixaram de atender às expectativas das pessoas e de seus grupos sociais. Deus foi aos poucos deixando de ser um deus entre muitos deuses. Deixou de ser o Deus de um só povo, o que comandava os exércitos e esmagava seus inimigos.

Deixou de ser o Deus imprevisível em suas ações, que a todos castigava. Deixou de ser o Deus que provocava medo e controlava a vida das pessoas. Deixou de ser o Deus de uma Igreja, refém de concepções doutrinárias e dogmáticas.

Deus não se relaciona ao mágico, ao místico, ao divinal, ao sacro, ao infinito, ao absoluto. Deus não é matéria, ele não tem uma forma definida.

Deus está não está restrito a uma pessoa, por mais evoluída que seja. Deus não está no céu. Ele está nos seres, nas pessoas, mas não se confunde com eles; está nas coisas, mas não se confunde com elas.

Deus não prescreve comportamentos, não determina um conjunto de regras a serem seguidas. Logo, não há desobediência à sua vontade, não há pecado. Deus não vigia, não fiscaliza. Ele não pune, não castiga, não determina ou executa sentenças.

Deus não aceita oferendas, sacrifícios ou promessas. Não intercede, não protege alguém em especial. Deus não atua através de milagres. Entrega o que cada um merece.

Milagre é tudo que o homem, ainda, não consegue elaborar ou compreender com a sua natureza física. À medida que desenvolve os sentidos, chamados extra-físicos, compreende que no universo nada acontece por acaso, tudo é medido contado e pesado.

Deus não está limitado à humanidade, ao planeta Terra ou à Via Láctea. Deus abrange todas as coisas, todos os seres vivos, inteligentes ou não, encarnados ou desencarnados do Universo. Deus se estende pelo Cosmo e o mantém (o Universo é organizado e ordenado) — Deus é a única existência, nada existe fora desta realidade (Deus cósmico).

O Universo é estruturado, as coisas não ocorrem ao acaso. Em tudo há causalidade, inteligibilidade, significado, padrão. Deus é a Inteligência Suprema.

O objetivo do ser é a evolução, a ampliação de sua consciência através da aquisição de conhecimentos. Ao construir a sua trajetória de vida, o ser inteligente amplia a sua percepção e compreensão da natureza, das coisas, das pessoas, de si mesmo, do cosmo, da estruturação inteligente do Universo e, em conseqüência, o seu entendimento de Deus. Deus torna-se evidente na Harmonia de tudo o que existe. Ao se fazer identidade com o Cosmo, o homem se faz idêntico com Deus, pois os seres, as coisas e a harmonia do Universo presentam Deus. Dessa forma, Deus é a totalidade.

A estruturação inteligente do Universo é ampla, plural, variada, abrangendo o número de consciências do universo. O Livre-Arbítrio é parte fundamental do Cosmo e as infinitas possibilidades que surgem de seu exercício estão contidas na estruturação inteligente do Universo.

A compreensão que o ser vai tendo do Cosmo é construída gradativamente e é expressa através de sínteses parciais, limitadas, incompletas. Algumas dessas sínteses parciais foram chamadas de leis de Deus, e muitas vezes entendidas como uma prescrição que deveria ser obedecida de forma rígida, como uma ordem direta de Deus que os homens não deveriam discutir. Com o tempo, no entanto, passou a ser vista como a expressão de uma compreensão, como uma aproximação do entendimento da estrutura inteligente do Universo.

As chamadas leis não são prescrições, mas entendimentos. A identidade com Deus não se faz, portanto, pela obediência, mas através do conhecimento, entendimento, sabedoria e consciência.

Todos os seres se relacionam com Deus tal como as criaturas com o Criador.

Na medida em que evoluem, ampliam a sua consciência dessa unidade criatura-Criador. Todos os seres criam expressando Deus e nesse sentido pode-se compreender que Deus está presente em todos os seres (Deus onipresente).

Pode-se compreender, também, que Deus é consciente através da consciência de todos os seres do universo (Deus onisciente).
E, por fim, Deus faz, age, constrói através de suas criaturas. Elas são instrumentos de amor, verdade e justiça. Isto é que se pode, em verdade, chamar de evolução. A estruturação inteligente desta evolução é operada pelas suas criaturas (Deus onipotente)

Deus Criatura - Filhos

Assim como um pai zeloso e amoroso, acima de tudo, deseja que seu filho siga seu exemplo, e, no fundo, torne-se idêntico a ele; assim como não há prova de maior amor de um filho a seu pai do que se tornar em tudo idêntico a ele; nosso Pai Celestial não quer nada além do que todos nós nos tornarmos IDÊNTICOS a Ele, seguindo seu exemplo de Fogo e Luz e Vida.

A vida permanece na Terra graças ao fato de haver esperança que aqui haja essa perfeita integração e identidade entre Deus e o Homem – gênero, espécie, raça, consciência. O homem nasceu e cresceu com essa vocação inteiramente presente em cada ato seu, de tornar-se idêntico a Deus, de ser, onde estiver, Deus em miniatura, mas Deus inteiro. E não há nada mais amoroso, mais sublime, mais santo, do que alguém que devotar sua vida a construir essa identidade perfeita.

Não é um arrogo “o Homem querer SER DEUS!”, mas sim um gesto da mais perfeita humildade: o homem querer ser e fazer-se idêntico ao seu Pai (e qual o filho que não tem esse direito?). Na sua perfeição, na sua disponibilidade, na sua amorosa entrega a tudo e a todos, na sua compaixão sem limites, na sua consciência de fogo e luz, como já foi dito, enfim...

Não há nada mais humilde e servil do que ser idêntico Àquele que se faz inteiro no mais humilde dos seres e que simplesmente serve a todos mantendo-lhes a vida e a esperança.

Quem não acreditar nisso não tem de fato fé em Deus algum, pois a fé nasce justamente dessa amorosa identidade homem-Deus, Deus-homem. E não foi por causa desta identidade que se fizeram todas as alianças? presentes em todos os povos?

Os servos das trevas, que ainda não querem deixar a própria luz brilhar em seus próprios corações – onde também está inteiro o Amor – não querem (ainda) que descubramos isso. Querem que achemos que Deus é “perfeito” e não nós, que nunca seremos pouco mais que larvas que rastejam o chão empoeirado do deserto, e que não existe nada mais megalomaníaco do que querermos ser idênticos a Deus. Como se Deus fosse um Ego ENORME e nós quiséssemos assim nos tornar também EGOS ENORMES.

Não! Nada mais falso do que isso!! NÓS É QUE CRIAMOS ESSE DEUS “EGO ENORME” e fosse isso verdade e Ele não haveria humildemente entregue a si mesmo em uma cruz, há 2000 anos. Fosse isso verdade e Ele não se entregaria a todo instante nesta CRUZ que é a Terra, e não seria, nela, a sua ROSA perfumada.

A vida não é um deserto, e não somos mais larvas que rastejam, mas sim seres alados que voam em uma maravilhosa e exuberante floresta equatorial, cheia de flores, perfumes, frutos, alimentos, ar puro e sol quente, ao som das águas frescas que nascem das altas montanhas, vindas do interior da Terra. E o nosso mundo é um mundo todo ele AZUL.

Entregar-se a Deus significa ser Um com Ele, ser idêntico a Ele, ser em tudo e em todos os momentos Ele mesmo na Terra.

Considerações Finais

Olá, caro amigo ou amiga.

Infelizmente são poucas as pessoas que se interessam pelos temas tratados neste livro.

O motivo disso é na verdade bem simples: a grande maioria das pessoas só quer mudar se for de uma forma cômoda, que não lhes custe nenhum trabalho, e certamente não é essa a proposta desse livro, até porque não é possível conseguir uma mudança de verdade, radical, se não for com muita disciplina e trabalho interior.

As pessoas em geral sempre irão optar por percorrer o caminho mais fácil, o qual não conduz a lugar nenhum.

Raras são as pessoas que se atreverão a ir pelo caminho mais difícil, a nadar contra a correnteza para atingir o objetivo da mudança interior, do despertar da consciência e da Auto-realização Íntima do Ser, que são as inestimáveis recompensas de todo este trabalho.

"Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz a perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta e apertado o caminho que leva a vida, e poucos há que a encontrem." Jesus, o Cristo (Mateus – 7,13)

Por isso gostaríamos de dar a você os nossos parabéns por ter chegado ao final deste livro de autoconhecimento. Só por esse motivo você pode se considerar uma pessoa diferente das demais.
“Mas e agora? É só isso? Como dar continuidade a estes estudos?”

Terminado o estudo, o primeiro objetivo de toda pessoa que queira realmente avançar mais na seara da evolução e da auto-realização deve ser submeter ao crivo da sua própria consciência e após elaborar, praticar intensamente aquilo que aprendeu, muito especialmente a morte psicológica.

Deve-se tornar um "especialista" nesta prática.

Agora é hora de aprender de verdade, algo que só a prática pode proporcionar.

É preciso ter paciência e perseverança, pois não é muito fácil nadar contra a correnteza (especialmente quando se está começando a aprender a nadar).

Mas se você chegou até aqui não há dúvidas de que pode ir mais longe. Apenas nunca deixe de nadar.

Muito cuidado para não se acomodar em apenas acumular teorias lendo textos e livros. Infelizmente esse é o erro de muitas pessoas que, por deixarem a prática de lado, acabam sendo levadas pela correnteza.

Bem, agora é com você. Mas tenha certeza de que nunca estará só neste caminho.

Nunca se esqueça de sua Mãe Divina e de seu Pai que está em secreto. Sempre peça sua ajuda quando precisar.

Além disso, muitos "olhos celestes" estão zelando e até mesmo torcendo por você. Não os decepcione.

Muita força e iluminação em seu caminho, e que todos possamos nos encontrar em breve.

Um fraternal abraço.


"justiçasemfronteiras"